Lucro da Ericsson cai 93% em 2016
A Ericsson divulgou hoje, 26, seu balanço financeiro sobre 2016. Os números mostram encolhimento da companhia, apesar de movimentos positivos que a ajudaram a reduzir as perdas no quarto trimestre do ano. A empresa sueca, fornecedora de equipamentos para infraestrutura de telecomunicações, registrou redução de 10% nas receitas em 2016, para o equivalente a US$ 25,16 bilhões. O lucro líquido do ano caiu 93,4%, para US$ 214 milhões.
Em um ano, a margem bruta da empresa passou de 36,3% para 26,1%. Segundo o novo CEO da companhia, Borje Ekholm, os resultados foram fortemente impactados pela redução da demanda mundial por redes de banda larga móvel, especialmente em mercados com “fraco ambiente macroeconômico”, incluindo a América Latina. Na região, em que está inserido o Brasil, as vendas caíram 16%. A empresa também perdeu clientes em sistemas de alta capacidade e foi prejudicada pela demora de alguns países, como Índia, em licitarem novas frequências.
O resultado só não foi pior porque a Ericsson conseguiu antecipar a entrega de projetos previstos para serem concluídos em 2017 para o quarto trimestre. A empresa também se beneficiou de variações cambiais.
No 4º trimestre, a Ericsson reportou prejuízo líquido de cerca de US$ 180 milhões. Um ano antes, tivera lucro de US$ 791 milhões. As vendas caíram 11% no último trimestre em relação ao mesmo período de 2015, ficando em US$ 7,3 bilhões.
2017
Ekholm vê um 2017 ainda com dificuldades. Segundo o executivo, o mercado mundial deve se comportar pouca coisa melhor que em 2016, com operadoras móveis ainda reduzindo gastos com redes ou na atualização de equipamentos. A expectativa da Ericsson é que haja uma redução de 2% a 6% nas vendas de infraestrutura móvel (RAN) – ano passado, essa redução ficou entre 10% e 15%.
Ele avisou que o programa de corte de custos continuará – a meta é reduzir os gastos em 12% este ano. No ano que passou, a queda nos custos foi de 5,6%. A empresa demitiu, ainda, 5 mil funcionários ao redor do mundo. Outra medida será pagar menos dividendos aos acionistas, seguindo, naturalmente, a redução dos ganhos.