Empresas propõem a candidatos transformação digital humanizada do Brasil
Um grupo de 26 empresas lançou hoje (2) em São Paulo um movimento pela transformação digital humanizada da economia brasileira. Batizado Movimento Brasil Digital, o trabalho é coordenado pelo instituto IT Mídia e, segundo seus criadores, será apartidário. Entre as companhias que apoiam a iniciativa estão Embratel, Cisco, IBM, Microsoft, EDP, EY, Korn Ferry, além das instituições FIAP e Dom Cabral.
O objetivo é chamar a atenção dos candidatos para a necessidade de um plano de curto e longo prazo para a transformação digital. E que o plano trabalhe pelo aumento da competitividade das empresas locais, mas reconheça a necessidade de formar e adaptar a mão de obra, a fim de que a digitalização tenha impacto positivo e construtivo sobre o mercado de trabalho.
Segundo Silvio Genesini, coordenador do grupo de trabalho do qual resultou o movimento, reuniões já foram marcadas com Marina Silva (REDE) e Geraldo Alckmin (PSDB). Nos encontros, o Movimento pretende mostrar como um plano de curto prazo endereçado à Educação poderá gerar empregos e melhorar a competitividade brasileira.
Metas concretas
Em novembro, o grupo pretende entrega ao candidato eleito, um relatório com propostas detalhadas de ações no curto e no longo prazo. “O objetivo é termos resultados até 2020 e, depois, até 2025 para aumento da competitividade”, diz Genesini.
Uma das demandas que o movimento deve trazer é garantir o papel indutor do estado no desenvolvimento da tecnologia, como grande comprador. Outro ponto será a necessidade de mais investimentos em pesquisa e tecnologia, à ampliação da cobertura e barateamento dos serviços de telecomunicações, além de indutores do empreendedorismo voltado a atender mais o mercado internacional.
Objetivos similares já existem em outros documentos. Um exemplo é a Estratégia Brasileira para Transformação Digital (capitaneada pelo MCTIC), a Agenda Brasileira para a Indústria 4.0 (MDIC/ABDI), o Plano Nacional de IoT (que se baseia em estudo elaborado pelo BNDES), ou o Projeto Indústria 2027 (CNI). Mas, segundo os organizadores do Movimento Brasil Digital, eles não abarcam todas as necessidades para tornar os país mais competitivo.
“Eles [esses documentos e suas propostas] são bons, mas são insuficientes. A nossa inserção nessa quarta revolução industrial precisa ser pensada com a gente sendo protagonista em algumas tecnologias. Tem muita coisa sendo feita, mas é preciso mais e ter a ambição da velocidade, do crescimento rápido”, completa o executivo.