Empresas de tecnologia reagem a ato de Trump
Diferentes empresas de tecnologia dos Estados Unidos se colocaram contra o decreto de Donald Trump que barrou a entrada nos Estados Unidos de imigrantes de sete países. As companhias, entre as quais as três mais valiosas do país conforme a bolsa norte-americana, usaram diferentes meios para manifestar seu descontentamento e anunciaram medidas de ajuda às pessoas que foram prejudicadas.
O Google criou um fundo de US$ 4 milhões. O dinheiro será destinado a entidades de defesa dos direitos civis nos Estados Unidos e de apoio a imigrantes e refugiados. O co-fundador do Google, Sergey Brin, compareceu a protestos no aeroporto de São Francisco.
O CEO da Apple, TIM Cook, usou as mídias sociais para lembrar que sem a imigração, a Apple não existiria (Steve Jobs, fundador da companhia, era filho de imigrantes Sírios). O Uber, muito criticado nas redes sociais por ter se beneficiado do preço dinâmico de seu aplicativo usado por quem foi aos protestos, disse que teria de provisionar US$ 3 milhões para lidar com as despesas legais que o decreto de Trump acarretaria sobre a empresa. Já o concorrente Lyft avisou que doaria US$ 1 milhão para a ACLU, associação responsável pelo pedido judicial que suspendeu parcialmente o decreto e permitiu a entrada de donos de green cards presos nos aeroportos.
O Airbnb anunciou um plano para fornecer habitação gratuita a qualquer pessoa que se enquadre no banimento estipulado por Trump. Mark Zuckerberg, criador do Facebook, postou um texto na rede social no qual se disse preocupado e falou que a empresa estuda o tamanho do impacto sobre sua força de trabalho. Os CEOs de Microsoft, LinkedIn, SpaceX, Mozilla, Netflix, Adobe, Twitter, Red Hat, Dropbox, e muitos outros, também publicaram posts repudiando a medida do novo governo norte-americano e alertando para o fato de que impactaria a rotina de suas empresas, com grande número de estrangeiros entre seus quadros.
Trump assinou um decreto no sábado no qual veta a entrada nos Estados Unidos de qualquer pessoa nascida em um destes sete países: Irã, Iraque, Libia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen. A regra é válida por 90 dias. Sua publicação levou a uma onda de protestos no país, e foi alvo de críticas de aliados dos Estados Unidos, como Alemanha, ou de elogios, como de Israel. (Com agências internacionais)