Em parceria com a Surf Telecom, Cruz Vermelha reconecta refugiados a familiares
A Cruz Vermelha São Paulo (CVSP), em parceria com a Surf Telecom, ampliou em 2023 o programa Restabelecimento de Laços Familiares, que distribui chips entre imigrantes e refugiados para que retomem o contato com familiares (veja mais abaixo).
O programa distribuiu 2.483 chips. Cresceu 187% ano passado, em comparação com 2022, quando a Surf entregou 926 chips.
O RLF é uma iniciativa que engloba uma série de atividades com o propósito de auxiliar migrantes e refugiados no processo de restabelecimento e manutenção do contato entre entes queridos, protegendo contra separações e desaparecimentos ocasionados por desastres, conflitos armados e migrações internacionais.
Somente em 2022, o estado de São Paulo registrou quase oito mil pedidos de refúgio, de acordo com a plataforma DataMigra, do Ministério da Justiça. Atuando em abrigos de São Paulo e Guarulhos, a iniciativa da Surf com o RLF atendeu, no ano passado, pessoas de mais de 20 nacionalidades, sendo os países mais recorrentes Angola (35,1%), Venezuela (18 %), Afeganistão (17,6%) e Haiti (11,3%).
A maioria dos migrantes e refugiados é formada por homens (55%), principalmente entre 30 e 49 anos. 93,5% dos que receberam chips pretendem usá-lo para contato familiar, enquanto 41,7% mantêm contato diário com seus familiares.
“O Brasil é um país que sempre recebeu de braços abertos todos os refugiados, e com essa parceria esperamos atenuar um pouco a situação de angústia e incerteza que se abate sobre essas pessoas separadas por uma grande distância, dando a elas a oportunidade de se reconectarem por meio do celular”, afirma Mauro Motoryn, diretor de Desenvolvimento da Surf Telecom.
De acordo com informações da parceria Surf-CVSP, 41,6% dos refugiados estão sozinhos no Brasil e 55,1% têm familiares em pelo menos um país, o dado destaca a importância de criar meios para a manutenção de laços com entes queridos separados por processos migratórios;
Ainda segundo os dados, 83,9% do público mantêm contato com seus familiares por meio de aparelho celular próprio, sendo que 62% acessam a internet diariamente; 56% acessam a internet via dados móveis; e 58% possuem algum tipo de dificuldade em acessá-la.
A Cruz Vermelha São Paulo também considera expandir a atuação do RLF para outras regiões do estado, como explica Catherine Da Silva Castanheira, coordenadora do projeto. “Realizamos o mapeamento e monitoramento de comunidades de migrantes e refugiados no estado de São Paulo, com o intuito de compreender suas demandas e necessidades. Com o serviço de conectividade, queremos atingir o maior número de beneficiados, evitando cenários de separação e desaparecimento de pessoas ao redor do mundo.” (Com assessoria de imprensa)