El Capitan: supercomputador mais potente do mundo é ativado

O supercomputador El Capitan será utilizado para cálculos envolvendo o arsenal nuclear dos Estados Unidos, mas também terá usos "não confidenciais" em IA

Começou a funcionar nos Estados Unidos o El Capitan, o supercomputador mais potente do planeta. A supermáquina pertence ao Departamento de Energia do país norte-americano, foi construído pela HPE e utilizar arquitetura de processamento da AMD que integra, em um mesmo silício, CPU e GPU.

Enquanto computadores domésticos mais potentes contam com 16 núcleos de processamento, o El Capitan tem 11.039.616 deles. Significam quase 2 milhões de núcleos a mais que o segundo colocado da lista dos 500 supercomputadores do mundo, o Frontier, também construído pela HPE e entranhas da AMD, também entregue ao DOE estadounidense.

O terceiro mais potente supercomputador global da lista também pertence ao órgão, chama-se Aurora, usa arquitetura Intel e – apesar de ter mais núcleos que o segundo colocado, 1,77 milhões a menos que o El Capitan -, tem menor poder de processamento.

“O El Capitan é mais um marco significativo na supercomputação em exoescala, trazendo um desempenho impressionante, eficiência energética, capacidades para acelerar descobertas científicas impulsionadas por IA e alcançar avanços no fortalecimento da segurança nacional, além de abrir novas oportunidades em energia renovável”, comenta Trish Damkroger, vice-presidente sênior e gerente geral de Soluções de Infraestrutura em HPC e IA da HPE.

O supercomputador foi instalado na Administração Nacional de Segurança Nuclear (LNLL). Segundo a HPE, permitirá que os Estados Unidos mantenham uma vantagem competitiva em segurança nacional. Isso porque o equipamento será utilizado “para garantir a segurança, proteção e confiabilidade do arsenal nuclear da nação e realizar os esforços atuais e futuros de modernização desse arsenal”. O LLNL também poderá utilizar modelos de inteligência artificial (IA) para cargas de trabalho confidenciais e não-confidenciais.

“Esta máquina muito aguardada nos permitirá realizar a modelagem e simulação 3D de alta fidelidade que precisamos para cumprir efetivamente nossa missão de segurança nacional. Também estamos comprometidos em investir em IA no El Capitan e usaremos o sistema para treinamento e inferência de IA em larga escala de forma a tornar nossos cálculos mais rápidos, eficientes e, claro, mais precisos”, diz Rob Neely, diretor do Programa de Simulação e Computação de Armas do LLNL.

O El Capitan também executará objetivos secundários relacionados à manutenção da segurança nacional, como a não-proliferação nuclear e o combate ao terrorismo, além de ser utilizado para descoberta de novos materiais, análise de dados nucleares e ciência de alta densidade energética, como a pesquisa de fusão por confinamento inercial.

As pesquisas realizadas feitas no supercomputador também contribuirão para projetos não-confidenciais nas áreas de segurança energética, mudança climática, modernização da rede elétrica, descoberta de medicamentos e outros campos, afirma a fornecedora. (Com assessoria de imprensa)

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Da Redação

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