EDS é grande vencedora do leilão de nuvem do governo. Embratel vai recorrer
A Extreme Digital Solutions (EDS) foi a grande vencedora do pregão para contratação centralizada pelo governo de empresa especializada para prestação de serviços gerenciados de computação em nuvem, sob o modelo de cloud broker (integrador) de multi-nuvem, que inclui a concepção, projeto, provisionamento, configuração, migração, suporte, manutenção e gestão de topologias de serviços em dois ou mais provedores de nuvem pública. A consultoria brasileira ofertou uma proposta total de RS 65,9 milhões para os sete itens da licitação para atender 52 órgãos públicos.
A Embratel, por meio de comunicado, afirmou que vai entrar com recurso. Isto porque, na avaliação da operadora, os atestados apresentados pela empresa habilitada no leilão não comprovam sua capacidade de prestação de serviços de Nuvem Pública e, portanto, não atendem às exigências do edital. “Acreditamos que um processo transparente, com todos os atestados necessários para confirmar a capacidade de prestação do serviço, é fundamental para garantir que a transformação digital do governo brasileiro seja bem-sucedida”, diz a empresa, na nota.
Os serviços a serem prestados são de Computação em nuvem – Infraestrutura como Serviço (IaaS); de Computação em nuvem – Plataforma como Serviço (PaaS); de Computação em nuvem – Software como Serviço (SaaS); de Gerenciamento e Operação de recursos em nuvem; de Migração de Recursos computacionais; de Migração de Banco de dados e treinamentos. Os produtos já foram habilitados e aceitos, mas há o prazo para recursos.
Pela proposta, a EDS usará nuvem AWS da Amazon, do Google e da Huawei. E o preço da proposta vale por dois anos de serviços prestados. O leilão foi disputado pelas principais empresas do ramo, inclusive pelas grandes operadoras, como a Embratel. O resultado final ainda não foi anunciado.
A Extreme Digital Solutions (EDS) é uma empresa brasileira integradora de soluções tecnológicas, e tem como CEO de Gustavo Rabelo, ex-IBM e Oracle. Com a chegada do novo executivo, o sócio fundador Márcio Moreira transfere o comando da empresa e assume a presidência do Conselho de Administração, para liderar o processo de expansão no mercado internacional. O sócio fundador Fábio Machado permanece no dia a dia dos negócios, como chefe das operações.
O edital do governo previa um valor de R$ 370 milhões o que resultará em uma economia grande aos cofres públicos. De acordo com o Ministério da Economia, outros órgãos poderão aderir à ata gerada até o dobro do volume de serviços previstos, aumentando, assim, a economia estimada.