Dona da Claro, América Móvil não descarta comprar mais no Chile
A América Móvil, dona da Claro no Brasil, não descarta ampliar sua operação no Chile com a compra da WOW, empresa local que passa por recuperação judicial. Segundo CEO do grupo mexicano, Daniel Hajj, a companhia “está aberta a alternativas”, embora não exista nenhum plano formal definido.
“Ainda não sabemos se haverá um processo de fusão ou aquisição, ou não. No momento, estamos abertos à possibilidade, mas seguimos investindo nas sinergias [da ClaroVTR], na implantação de novas infraestrutura, de fibra, de 5G, de mais capacidade e maior cobertura no geral [no Chile]. Mas abertos às alternativas que surgirem com a WOW”, afirmou o executivo. Ele participou hoje, 17, da conferência dos resultados do segundo trimestre da América Móvil com analistas financeiros.
O grupo América Móvil está no Chile por meio da ClaroVTR, empresa resultante da fusão de sua base móvel no país à rede óptica fixa da VTR, empresa do grupo Liberty. Em junho último, a América Móvil comprou o controle da joint venture, passando a deter 91% das ações.
Crescimento sustentável no Brasil
Hajj também comentou o crescimento da Claro no Brasil. Segundo o executivo, a subsidiária teve um bom desempenho, principalmente no móvel, e seguirá em expansão no celular pelos próximos trimestres. Os próximos resultados vão se beneficiar não apenas da atração de mais usuários no móvel, como também de equacionamento de custos. Segundo ele, a oferta de produtos digitais tem reflexo positivo sobre o EBITDA, a custo reduzido para a empresa.
“Com isso, acredito que o crescimento no móvel que estamos tento será sustentável e mantido no Brasil”, afirmou. Conforme o balanço divulgado ontem pela Claro Participações, houve expansão de 9,1% nas receitas móveis no País.
Resultados da América Móvil
O grupo América Móvil registrou no segundo trimestre de 2024 prejuízo de 1 bilhão de pesos mexicanos (cerca de US$ 56,5 milhões) em razão da desvalorização da moeda do México em relação ao dólar. Volatilidade atribuída à disputa eleitoral, encerrada em junho com vitória de Claudia Sheinbaum, apoiada e aliada do atual presidente, López Obrador. Ela assume o posto em outubro.
O EBTDA, lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações, que faz um retrato operacional, cresceu 5,6% na comparação anual. As receitas somaram o equivalente a US$ 4,69 bilhões, alta de 1,5%.