Dívida pública atinge menor nível pós-pandemia
A dívida pública bruta do Brasil teve em outubro mais um mês de redução, a maior, desde os tempos pré-pandemia mostraram dados do Banco Central (BC) nesta quarta-feira. O indicador caiu a 76,8% do PIB em outubro de 77,1% em setembro, menor patamar desde fevereiro de 2020 (75,3%), antes de a pandemia atingir o país e o governo federal gastar somas recordes para combatê-la.
A dívida pública compreende Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipal. A queda do endividamento bruto foi determinada principalmente pelo efeito do crescimento do PIB nominal, que contribuiu para uma redução de 0,7 ponto percentual na relação, segundo o BC.
A queda da dívida também foi ajudada pelo resgates líquidos de dívida no mês, em mais um mês em que o Tesouro manteve sua estratégia de usar seu colchão de liquidez para reduzir a emissão de dívida conforme a taxa de juros segue em patamar alto, o que encarece os custos de financiamento.
O setor público consolidado registrou superávit primário de R$27,1 bilhões em outubro de 2022, ante superávit de R$35,4 bilhões em outubro de 2021. O Governo Central e as empresas estatais apresentaram na ordem, superávits de R$30,2 bilhões e de R$711 milhões, e os governos regionais, déficit de R$3,9 bilhões. Nos doze meses encerrados em outubro, o superávit primário do setor público consolidado atingiu R$173,1 bilhões, equivalente a 1,82% do PIB.
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais , foi deficitário em R$14,5 bilhões em outubro de 2022. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$400,1 bilhões (4,21% do PIB), reduzindo-se 0,15 p.p. em relação ao déficit acumulado até setembro de 2022.
com assessoria de imprensa
