Devido às restrições dos EUA, Huawei vende unidade de celulares Honor

Huawei diz que venda foi necessária para permitir a sobrevivência não apenas da marca, mas de canais comerciais e de fornecedores

A Huawei avisou nesta terça-feira, 17, que fechou a venda de sua unidade de smartphones de entrada e intermediários Honor para a fabricante chinesa Shenzhen Zhixin New Information Technology. O valor do negócio não foi revelado. Segundo a empresa, foi preciso se desfazer do negócio em função da “persistente indisponibilidade de elementos técnicos”.

A gigante asiática é alvo número um da guerra comercial promovida pelo governo Donald Trump contra a China. Os Estados Unidos baniram a Huawei do país e restringiram as vendas de fornecedores de componentes norte-americanos à empresa, o que resultou na indisponibilidade de estoques.

Segundo a Huawei, com a transação, a Honor poderá voltar a comprar. “A venda ajudará os canais comerciais e fornecedores da Honor superarem esse momento difícil. Esse movimento foi realizado pela cadeia industrial da Honor para garantir a própria sobrevivência”, diz comunicado emitido pela empresa.

A marca Honor foi criada em 2013 com o objetivo de ser voltada aos jovens e pessoas de baixa renda, enquanto os dispositivos mais sofisticados do grupo teriam a marca Huawei. Segundo o comunicado, a Honor despacha pelo menos 70 milhões de aparelhos todo ano.

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Rafael Bucco

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