Debêntures lideram captações em maio, com R$ 32,7 bilhões

Debêntures indexadas à taxa de curtíssimo prazo e à inflação responderam por 96% das emissões realizadas de janeiro a maio, segundo a Anbima.
Debêntures lideram captações em maio, com R$ 32,7 bilhões - Crédito: Freepik
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As ofertas de debêntures de empresas brasileiras movimentaram R$ 32,7 bilhões em maio, de acordo com dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), divulgados nesta semana. Desse montante, R$ 74 milhões foram feitos via primeira emissão de debêntures tokenizadas, realizada pela Salinas Administração e Participações.

As emissões de mercado de capitais, em maio, captaram R$ 44,6 bilhões, um aumento de 39,7% em relação ao mês de abril.  No ano, o total emitido alcançou R$ 182,9 bilhões frente a R$ 209,8 bilhões do mesmo período de 2021, com uma redução de 12,8%. Já as ofertas em andamento e aquelas em análise atingiram R$ 9,6 bilhões e R$ 11,5 bilhões, respectivamente.

José Eduardo Laloni, vice-presidente da Anbima, destaca que “o panorama econômico de inflação e juros altos se reflete nas emissões, tanto é assim que as debêntures indexadas à taxa de curtíssimo prazo e à inflação responderam por 96% das emissões realizadas de janeiro a maio”, afirma.

As operações em renda fixa representaram 91,5% do volume total captado em maio, o que corresponde a R$ 40,8 bilhões. De janeiro a maio de 2022, o interesse dos fundos de investimentos por debêntures foi de 39,9%, maior quando comparado com o mesmo período de 2021 (33,9%). Entretanto, os intermediários e demais participantes ligados à oferta seguem como os principais subscritores, com absorção de 47,4% do total das emissões realizadas.

Quanto à destinação dos recursos captados, a maior parte foi direcionada para capital de giro (31,3%) seguido de refinanciamento de passivo e investimentos em infraestrutura com 23,8% e 17%, respectivamente.

A partir de agora a Anbima irá disponibilizar estatísticas dos subscritores para FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), que são destinados exclusivamente a investidores qualificados. Esse instrumento, tem como principais cotistas intermediários e demais participantes ligados à oferta (39,8%) e fundos de investimento (37,8%).

Renda variável

No mercado de renda variável, completa-se quatro meses sem IPOs: o último registro foi em janeiro, com uma operação de R$ 405,7 milhões. Um cenário que permanece desafiador para ofertas iniciais diante do cenário econômico de inflação e juros altos. Já as emissões de follow-ons seguem resilientes, com R$ 904 milhões em maio e R$ 12,8 bilhões no acumulado do ano.

Vale ressaltar que, até essa primeira semana de junho, não há nenhuma oferta em andamento em renda variável pela Instrução CVM 400, que regulamenta as ofertas destinadas ao investidor em geral, e existem 8 operações não precificadas em análise, das quais quatro foram interrompidas momentaneamente.

No mercado externo, as captações totalizaram US$ 500 milhões em maio, todas provenientes da renda fixa. Em 2022, o total foi de US$ 5 bilhões, abaixo dos US$ 9,6 bilhões dos primeiros cinco meses do ano passado.

(com assessoria)

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Redação DMI

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