Dados já representam 68% das receitas móveis da Telefônica Brasil
O consumo acelerado de dados no celular por parte dos brasileiros e ofertas no pós-pago de planos que permitem gerenciar quanto cada membro de uma família gasta beneficiaram os resultados da Telefônica Brasil no primeiro trimestre do ano. A empresa divulgou no começo da noite de hoje, 09, os resultados do primeiro trimestre de 2017.
Os números mostram que os dados móveis já são 68,6% da receita da empresa com telefonia celular, que soma R$ 6,2 bilhões (+5%). Excluindo o efeito da redução de VU-M em 2017, a variação seria de 7,3%. A receita de dados e serviços digitais cresceu 37% ano-a-ano. A receita com fixo caiu 2,2%, para R$ 4,1 bilhões.
Desempenho
A companhia registrou receitas operacionais líquidas de R$ 10,59 bilhões, o que representa um aumento de 1,5% em relação ao mesmo período de 2016. O lucro caiu 18,2%, para R$ 996,2 milhões. No entanto, este número tem efeito de venda de torres feita pela empresa ano passado, que inflou o resultado de então. Sem isso, o lucro atual teria crescido 13,3%. O EBITDA (lucro antes de depreciações, amortizações e impostos) caiu 7,2% ano-a-ano, para R$ 3,5 bilhões – também sob efeito da venda de torres ano passado. Sem considerá-las, o EBTDA teria crescido 7,3%.
A empresa reduziu os investimentos em 11%, para R$ 1,32 bilhão. A maior parte do investimento foi para ampliação da infraestrutura 4G, que acrecentou 304 cidades ao mapa de cobertura, e ao FTTH. O churn ficou estável comparado ao primeiro trimestre de 2016, de 3,3%. Já a receita por usuário aumentou 4,1%, para R$ 28.
A quantidade de acessos permaneceu estável, em 97,23 milhões, dos quais 73,99 milhões em telefonia móvel (+1%), e 23,23 milhões em acessos fixos (-3%). Em um ano, a tele perdeu 0,4% de participação de mercado no pós-pago, sua principal fonte de receita, passando a deter 42% do segmento.
No mercado de Machine-to-Machine (M2M) a base de acessos atingiu 5,3 milhões de clientes, um crescimento de 20,1% quando comparado ao ano anterior. O market share da companhia no segmento era de 39,8% em março de 2017.
Ao mesmo tempo, a empresa cortou custos em 1,1% (descontado o efeito de venda torres), fechando o trimestre com gastos operacionais de R$ 7,07 bilhões. O endividamento líquido, ainda assim, cresceu, de R$ 9,2 bilhões em dezembro para R$ 10,82 bilhões, devido à captação de R$ 2 bilhões no mercado, em fevereiro.