Custo ainda é barreira para massificação do FWA, diz diretor da Claro
Primeira operadora a lançar o Fixed Wireless Access (FWA) – também conhecido como 5G fixo – no Brasil, a Claro reconhece que o custo do produto ainda é uma barreira para aquisição massiva no País. O CIO da companhia, Cesar Augusto dos Santos, disse, nesta quarta-feira, 4, que a empresa está estruturando uma estratégia para ofertar a conexão fixa via 5G de modo mais eficiente.
“Vimos um desenvolvimento muito forte do FWA nos Estados Unidos e começamos a oferecer aqui. Ainda temos o desafio de montar uma estratégia e fazer um bom mapeamento de cada uma das regiões para identificar onde habilitar o produto”, afirmou, em painel do Futurecom 2023, em São Paulo.
Santos destacou que, para o consumidor final, o 5G fixo tem potencial para ser usado em aplicações como jogos online, os quais requerem baixa latência, além de localidades em que as tecnologias fixas tradicionais (fibra e HFC) não chegam. No entanto, pontuou que o CPE, espécie de roteador e ponto de acesso para a quinta geração móvel, ainda encarece a oferta do serviço.
“Temos que trabalhar ao longo do horizonte para que seja um serviço massificado, mas o custo do CPE é um desafio”, frisou. “Sempre que se lança uma nova tecnologia há um tempo de maturidade. E essa tecnologia passa por uma questão de pricing [precificação]”, complementou.
A Claro lançou planos de 5G fixo no início de agosto. A assinatura do serviço varia de R$ 199,90 a R$ 399,90 por mês, conforme a banda contratada. Contudo, também é necessário adquirir o modem, com ofertas que variam de R$ 799,90 a R$ 1.199,90. O aparelho é fabricado pela Intelbras, em parceria com a Qualcomm.
No momento, o FWA compõe o portfólio de banda larga fixa da operadora, mas o retorno do investimento deve ser tangibilizado mais para frente.
“Estamos acostumados a fazer investimentos muito upfront [adiantado]. Tem que apostar, não tem jeito. A provocação que fazemos aqui sobre o CPE é uma questão estratégica para montar o seu tabuleiro para ter essa monetização”, afirmou o diretor da Claro.