Criptoeconomia ultrapassa meio digital e mira empresas tradicionais

Empresas tradicionais têm buscado pagamento via moedas digitais, criação de NFTs ou a disponibilização de plataformas white label.
Criptoeconomia ultrapassa meio digital e mira empresas tradicionais - Crédito: Freepik
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Nos dias atuais muitas empresas do ecossistema cripto estão voltando-se para oferecer soluções a empresas tradicionais, como pagamento via moedas digitais, criação de NFTs ou a disponibilização de plataformas white label. Para o especialista Rodrigo Soeiro, CEO e cofundador do cryptobank Monnos, esse é o caminho de massificar a criptoeconomia e atender às demandas crescentes da população.

“A criptoeconomia irá caminhar rapidamente para soluções com aplicação real no dia a dia das pessoas, se desvencilhando gradualmente desta imagem meramente especulativa que se tem hoje. Este é o caminho para a massificação, e é nisso que estamos direcionando nossas ações”, aponta Soeiro.

Segundo o executivo, empresas como Nubank, 99 e Mercado Livre já estão executando tais movimentos, oferecendo serviços como a compra e venda de Bitcoins e Ethereum. Soeiro acredita que isso acontecerá cada vez mais e tornar-se comum, englobando não apenas bancos, mas também varejistas.

“É um movimento que será gradual, mas não será lento. Os menores adotarão mais rapidamente, e os grandes que forem arrojados darão seus passos também. Veremos bancos oferecendo portfólio de cripto, corretoras tendo estratégias apoiadas em criptomoedas e varejistas aceitando pagamentos com qualquer cripto, além, é claro, de personalidades e grandes marcas provendo seus NFTs apoiados em plataformas diversas”, pontua.

“Enquanto a criptoeconomia ganha capilaridade e credibilidade apoiada em grandes marcas já reconhecidas, esses players estarão obtendo novas linhas de receitas, percepção de pioneirismo por parte de sua base de clientes, e ainda poderão tirar suas próprias conclusões sobre este setor, não como espectadores, mas como atores principais”, comenta.

Perfil do investidor

Os jovens são a maior parte dos investidores de criptomoedas, de acordo com dados levantados pelo Monnos. A plataforma tem mais de 45 mil usuários, espalhados por 118 países, entre esses, 67% estão na faixa etária entre 18 e 25 anos.

O perfil dos interessados por criptoativos na Monnos é muito mais jovem que o encontrado no mercado financeiro tradicional. Na B3, por exemplo, a maior parte do público tem entre 26 e 35 anos (33,4%), seguido por adultos entre 36 e 45 anos (28,2%). Os investidores mais jovens, entre 16 e 25 anos, são apenas 12% dos CPFs da bolsa brasileira.

Ainda que mais lenta do que no mundo dos ativos digitais, há uma transformação acontecendo no perfil do investidor do mercado tradicional. Na visão de Soeiro, o mercado de criptos atrai o jovem não só pelas altas rentabilidades, mas pelos ativos estarem atrelados a setores que têm naturalmente o engajamento desse público – como o segmento de games e tecnologia.

Soeiro lembra que a mudança no mercado de cripto iniciou-se em El Salvador, primeira nação a reconhecer Bitcoin como moeda oficial. Atraindo os olhares de empresas, entre elas a Monnos, sedimentando a visão de novos sistemas financeiros globais.

“Percebemos que a criptoeconomia tem um papel que vai muito além do que muitos creem, para nós é nítido que esta disrupção surge para dar acesso, inclusão a pessoas e países em todo o mundo. O que está acontecendo em El Salvador é tão impactante que nos sentimos gratos por poder ver e participar. Trata-se de um movimento que inclui 6 milhões de habitantes de um país que até um passado recente era confundido com a cidade de Salvador, na Bahia, ou seja, nem estava no mapa”, reflete.

Desse modo, lançando ferramentas voltadas ao mercado B2B, o criptobank busca atender às demandas do mercado, produzindo produtos como o Monnos NFTS Marketplace, espaço digital de compra de ativos digitais e Monnos Pay, meio de pagamento via criptomoedas.

(com assessoria)

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Redação DMI

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