Credix capta R$ 60 milhões para financiar fintechs da América Latina
A Credix, plataforma belga que conecta investidores a fintechs latinas de crédito, anuncia uma rodada série A de R$ 60 milhões para levar os investimentos a um número crescente de países emergentes.
O investimento foi co-liderado pelos fundos americanos Motive Partners (apoiado pela Apollo Global) e ParaFi. Também investiram os fundos Valor Capital; Victory Park Capital; MGG Investment Group; Circle Ventures; Abra; Fuse Capital e investidores privados como Marcelo Claure, ex-COO do SoftBank; e Ricardo Villela Marino, presidente do Itaú na América Latina.
Fundada em novembro de 2021 por Thomas Bohner, Maxim Piessen e Chaim Finizola, a Credix conecta investidores institucionais em todo o mundo com fintechs em mercados emergentes, como a América Latina. A proposta é permitir que fundos e pessoas físicas de alto patrimônio possam investir em fintechs dedicadas a oferecer linhas de crédito para empresas ou consumidores finais.
O modelo de negócio da Credix se baseia na emissão de protocolos de DeFi, as finanças descentralizadas. Na prática, isso significa que a empresa emite tokens registrados em blockchain para financiar operações de crédito de fintech mundo afora.
Por trás da compra desses tokens estão investidores e fundos, como Apolo Capital, BlackRock, JP Morgan, Goldman Sachs e outros grandes players globais acostumados a financiar startups na América Latina.
Atuação no Brasil
A Credix está no Brasil desde dezembro do ano passado, após ter recebido um aporte de R$ 14,2 milhões em rodada seed liderada por DRW Cumberland e ParaFi. Em sua carteira de clientes estão empresas como a fintech a55, Provi, Divibank e Tecredi. Juntas, essas empresas receberam mais de US$ 20 milhões para financiar suas operações de crédito, especialmente empréstimos pessoais e estudantis, por meio da plataforma da Credix.
Com o investimento, a fintech pretende aumentar a equipe dos 14 para mais de 25 pessoas até o fim do ano. O time fica espalhado em Nova York, Antuérpia e São Paulo, mas a companhia olha para talentos globais. O aumento na equipe apoiará o desenvolvimento de novos produtos e recursos.
A startup também tem planos de expandir para o México e a Colômbia conectando-se com mais investidores institucionais e originadores de empréstimos, a fim de atingir mais de US$ 100 milhões em ativos sob gestão até o fim do ano.
(com assessoria)