Para reduzir riscos de crédito, novo fundo vai socorrer PMEs

A expectativa é que os financiamentos alavanquem inicialmente cerca de R$ 4,5 bilhões em crédito, podendo chegar a R$ 15 bilhões.
Para reduzir riscos de crédito, novo fundo vai socorrer PMEs - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

O Banco Nacional Econômico e Social (BNDES) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) firmam nesta terça-feira, 12, um acordo de cooperação técnica para a criação de um fundo garantidor voltado exclusivamente para operações de crédito envolvendo microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte. A expectativa é que os financiamentos alavanquem inicialmente cerca de R$ 4,5 bilhões, podendo chegar a até R$ 15 bilhões, se as instituições financeiras se alinharem à iniciativa.

Os fundos garantidores são criados para reduzir o risco das operações de crédito das instituições financeiras. Nomeado de BNDES FGI Sebrae, o novo fundo deve estar disponível em todo o país a partir dezembro de 2022. Conforme o acordo, BNDES e Sebrae irão aportar, a princípio, R$ 150 milhões cada um. Esse valor pode ser ampliado para R$ 500 milhões.

O acordo prevê ainda outros serviços. Microempreendedores individuais e empresários de micro e pequenas empresas poderão receber orientação do Sebrae, por meio do programa Crédito Assistido. A iniciativa envolve acesso a diagnósticos, ferramentas digitais, conteúdos, capacitações e consultorias com o objetivo de reduzir os riscos de inadimplência e ampliar a sustentabilidade financeira dos negócios.

Já o BNDES disponibilizará sua plataforma de gestão para operacionalização do novo fundo. Trata-se de um sistema totalmente digital utilizado por dezenas de instituições financeiras parcerias, pelo qual já se viabilizou mais de R$ 100 bilhões em operações de crédito.

Pronampe

O governo federal estuda aumentar o percentual máximo de cobertura de inadimplência do novo Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). O limite máximo pode passar de 20% para 30%, dependendo da velocidade da concessão de crédito e do interesse dos bancos. O início das operações está previsto para ocorrer até 31 de julho.

Na nova fase do Pronampe, se mantidos os 20% do quanto da carteira é coberto pelo fundo garantidor, o governo projeta alavancar até R$ 65 bilhões em novos empréstimos. O valor é superior aos R$ 50 bilhões estimados inicialmente, dada a expectativa de que R$ 13 bilhões usados como garantia em financiamentos passados voltem a ser disponibilizados para novos empréstimos neste ano e em 2023.

O Pronampe foi criado em 2020 para apoiar micro e pequenas empresas afetadas pela pandemia do novo coronavírus. Inicialmente temporário, o programa tornou-se permanente e virou uma das apostas do governo Bolsonaro para estimular a economia. Na nova fase, passou a incluir os MEIs (Microempreendedores Individuais).

(com Agência Brasil)

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Redação DMI

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