Corretoras optam pelo digital para levar investimentos

O meio digital vem ganhando relevância com o aumento no número de investidores, que de 600 em 2017 somam mais de 5 milhões em janeiro de 2022, diz CVM.
Corretoras optam pelo digital para levar investimentos - Crédito: Freepik
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As corretoras têm optado mais pelo meio digital para a transferência de investimentos por melhorar a experiência do investidor no mercado de capital, aponta estudo Análise de Impacto Regulatório desenvolvido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).  

A pesquisa foi conduzida pela Assessoria de Análise Econômica e Gestão de Riscos (ASA) da Autarquia, com objetivo de investigar a eficácia da transferência de custódia de ativos e avaliar a necessidade de alterações regulatórias sobre esse serviço.

“Este tema vem ganhando importância nos últimos anos com o aumento no número de investidores que começaram a investir de forma mais ativa em valores mobiliários”, afirma Bruno Luna, Chefe da ASA/CVM.

A CVM vem observando um aumento considerável no número de investidores brasileiros, nos últimos tempos. Em 2017, por exemplo, em bolsa de valores, havia em torno de 600 mil participantes pessoas físicas, que chegaram a quase 4  milhões em 2021 e a mais de 5 milhões em janeiro deste ano. “Melhores condições econômicas, transformação digital, novas plataformas de investimento e ampliação da oferta de produtos e serviços contribuíram para esse crescimento”, observou.

Por outro lado, segundo ele, é importante avaliar e compreender reclamações recebidas pela CVM sobre a qualidade do serviço prestado pelas corretoras. Isso, inclusive, motivou a CVM a editar o Ofício Circular CVM/ SMI 08/2019. O assunto foi também objeto do Caderno CVM específico.

Recomendações

O estudo recomenda a alteração da solicitação para o custodiante de destino, seguindo o observado na regulação de outras jurisdições e segmentos, bem como no resultado da pesquisa com investidores; solicitação de transferência via área logada do investidor/ participante, permitindo que o cliente selecione os ativos que são objeto de transferência em sua carteira; disponibilização do andamento da solicitação do investidor; e redefinição de prazos para transferência de diferentes ativos.

“Para os investidores haverá mais facilidade e menos tempo gasto na solicitação da transferência, além de facilitar o acompanhamento da solicitação. Já para as corretoras, a automatização dos processos deve reduzir os custos de controles administrativos para realização das transferências, bem como melhorar a imagem junto aos seus clientes”, explicou Karl Pettersson, responsável pela coordenação do estudo na ASA/CVM.

Mais de 200 investidores, de diversas faixas etárias e regiões do país contribuíram com respostas e considerações.

(Com assessoria)

 

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Redação DMI

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