Contratos na 5G impulsionam resultados e levam Ericsson a reverter prejuízo

Companhia diz que vendas continuarão aquecidas ao longo do ano na América do Norte.

A fabricante de equipamentos para redes Ericsson divulgou nesta madrugada seus resultados financeiros do segundo trimestre do ano. A companhia colheu bons frutos do lançamento de redes 5G pelo mundo, obtendo contratos em 66% dos lançamentos. O maior crescimento em receita aconteceu na América do Norte e na Ásia, regiões onde a quinta geração está mais avançada na implementação ao consumidor.

Segundo Borje Ekholm (foto), CEO da Ericsson, a 5G deverá acontecer em fases. Inicialmente, as soluções serão urbanas e com foco em capacidade. Depois, será a ves do IoT tomar conta e a tecnologia se espalhar territórios adentro, atingindo cidades menores e o campo.

Por enquanto, a companhia parece ser capaz de capturar os clientes que estão apostando no aumento da capacidade da rede móvel. Com os contratos 5G, a Ericsson registrou receitas de 54,8 bilhões de coroas suecas (o que equivale a US$ 5,8 bilhões).

A empresa ressalta que o faturamento só não cresceu mais pois muito dos contratos relativos a 5G não enquadrados como “estratégicos”. Ou seja, neste caso a companhia abre mão de margem no curto prazo para garantir o relacionamento de longo prazo, e margem maior, no futuro. Ainda assim, as receitas aumentaram 10% nominalmente. Em termos reais, aumentaram 7%.

Ao mesmo tempo, a companhia reverteu o prejuízo que teve no segundo trimestre de 2018, para registrar agora lucro líquido de 1,8 bilhão de coroas suecas (cerca de US$ 192 milhões). Com estes números, Ekholm afirmou que a companhia segue rumo à conclusão bem sucedida de seu turnaround. O período de cortes de custos, revisão de contratos, portfólio deve acabar definitivamente em 2020.

A companhia diz que também teve um evento atípico no trimestre que afetou o resultado final. Teve de realizar o pagamento de quase US$ 160 milhões em impostos, a maioria por uma cobrança não recorrente que ainda não foi realizada, mas entrou nos provisionamentos.

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Rafael Bucco

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