Contax agora se chama Liq

Liq é formada da fusão entre Contax e Ability, feita ainda em 2010. Nada muda no controle da empresa, nem no mercado financeiro.

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A Contax, grupo de contact center que atende Claro, Oi, TIM e Vivo, se chama agora Liq. A mudança da marca corporativa foi implementada nesta segunda-feira, 11.

As marcas Contax e Ability (adquirida em 2010) deixam de ser usadas. Na internet, só é possível achar o site liq.net.br, com redirecionamento feito a partir dos domínios antigos.

O novo nome deriva de “líquido”. Foi pensado para compreender a adoção de novos serviços digitais. Quando surgiu, a Contax era exclusivamente um call center. Aos poucos, passou a atender clientes com recursos variados, e em plataformas diferentes do telefone.

“Após uma extensa etapa de diagnóstico e análise de mercado, entendemos que a união das empresas requeria uma nova marca que refletisse a nossa essência e proposta de valor. Precisávamos incorporar uma de nossas principais características: a adaptabilidade. Daí nasceu a LIQ”, explica o CEO da LIQ, Nelson Armbrust.

Hoje, a Liq presta os tradicionais serviços de atendimento por telefone e canais digitais. Mas tem também produtos de análise de dados, monitoramento de redes sociais, marketing, vendas, treinamentos.

“O objetivo da mudança é refletir o reposicionamento estratégico da Companhia, que oferece soluções integradas de relacionamento através de diferentes canais, com abordagem all-line, on-line e off-line”, diz Cristiane Sales, diretora de finanças do grupo Contax Participações, em comunicado.

Na Bovespa, onde as ações da empresa são listadas, nada muda por enquanto. Razão social da holding e da subsidiária Contax-Mobitel ficam inalteradas. Também os tickers (códigos de referência no mercado financeiro) permanecem iguais (CTAX3). Mas serão alterados no futuro, ainda em data não definida.

Números da Liq 

Ainda como Contax, a LIQ faturou R$ 888,3 milhões no primeiro semestre do ano, número 14,2% menor que o registrado em 2016. A empresa precisou readequar sua estrutura nos últimos dois anos, com a redução da demanda de grandes clientes pelos serviços telefônico e busca por soluções automatizadas.

O EBITDA, lucro antes de impostos, amortizações e depreciações, ficou negativo em R$ 2,2 milhões no semestre, uma melhora de 95,6% em relação a um ano antes. A empresa investiu mais este ano, Capex de R$ 11 milhões, frente os R$ 6,6 milhões no mesmo período de 2016.

Em um ano, a companhia cortou 19,5% de suas posições de trabalho. Passou de 34,25 mil workstations ativas para 27,6 mil. Nesse meio tempo, demitiu 12,7% da força de trabalho, ou 7,4 mil funcionários. A maior parte foi desligada dos contact centers, nos quais ainda tem 47 mil empregados.

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Rafael Bucco

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