Constelação de nanossatélites da Myriota pede licença à Anatel
A Anatel lançou hoje,26, consulta pública antes de liberar a licença para a constelação de nanossatélites de empresa australiana Myriota para atuar no Brasil. Essa constelação de órbita baixa é focada na prestação de serviço de IoT (Internet Of Things) e promete acessar bilhões de aparelhos, além de reduzir o uso das baterias dos devices usados na Terra.
A sua constelação, de órbita baixa, fica posicionada a apenas 600 quilômetros da Terra. Segundo a Anatel, a empresa pretende atuar nas faixas de frequências de 148 MHz a 150,05 MHz e 399,9 MHz a 400,05 MHz (enlaces de subida) e de 137 MHz a 138 MHz e 400,15 MHz a 401 MHz (enlaces de descida). A empresa está pedindo prazo de 15 anos pelo direito de exploração dessa frequência.
Segundo a agência, o sistema de nanossatélites da Myriota está associado ao serviço móvel por satélite nas faixas de VHF/UHF, e utiliza estações terrenas com antenas não direcionais; mantém a convivência entre diferentes sistemas móveis por satélite operando nas mesmas faixas (convivência co-canal), cobrindo as mesmas regiões e com estações terrenas que façam uso de antenas não direcionais, sem capacidade para manter o apontamento para o satélite correspondente à sua rede, o que pode exigir a adoção de critérios operacionais específicos.
Outras constelações
Recentemente, a Echostar, operadora norte-americana dona da Hughes no Brasil, foi autorizada pela Anatel a explorar sua constelação de 28 satélites não geoestacionários no país pelos próximos cinco anos. A estrutura espacial começou a ser construída em 2023. Sua operação é centrada na Austrália. Prevê a entrega serviços de conexão direta entre satélite e dispositivos de internet das coisas em terra.
A empresa utiliza o termo NTN, considerado mais amplo que o conhecido D2D, de conexão direta entre satélites e smartphones. Como característica fundamental, o sistema da Echostar prevê conectividade de mão dupla (descida e subida), compatível com protocolo de rede LoRa, utilizada em ferramentas IoT com baterias de longa duração. A partir deste empreendimento, a companhia avaliará desenvolver sua própria constelação D2D para conectar aparelhos com 5G.