Conectividade via satélite está no radar das empresas na América Latina, diz IDC

Consultoria aponta que 20% das maiores companhias da região adotarão banda larga de satélites de baixa órbita até 2028; entre outras projeções, indica que IA puxará crescimento da TI
Demanda por conectividade via satélite crescerá na América Latina, aponta IDC
Uso da banda larga via satélite para fins empresariais deve crescer na América Latina (crédito: Freepik)

Uma em cada cinco das maiores empresas da América Latina deve contar com banda larga via satélites de baixa órbita terrestre (LEO, na sigla em inglês) em suas operações até 2028. A previsão da consultoria IDC indica que, na busca por resiliência e fluidez de dados, 20% das 5 mil maiores companhias latino-americanas recorrerão aos serviços de satélites nos próximos cinco anos.

Em evento online no qual apresentou as tendências em TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), nesta quarta-feira, 6, a consultoria destacou que a conectividade com menor latência deve ser explorada por empresas que mantenham operações em áreas remotas.

Desse modo, os satélites de baixa órbita devem ser requisitados, principalmente, para implantação de soluções de Internet das Coisas (IoT) e como reforço para redes privativas móveis.

Neste caso, para as fornecedoras de banda larga, a recomendação da consultoria é alinhar as redes móveis com as operadoras de satélites LEO. “A parceria correta será crucial para o tempo de lançamento no mercado de voz, dados e casos de uso de banda larga, assim como soluções de atacado”, destacou a IDC, em relatório de predições.

Desempenho

Segundo a IDC, o mercado de TI deve crescer 11% na América Latina em 2024. A taxa aponta desaceleração em relação ao avanço estimado para este ano (15%).

Na avaliação da consultoria, o Brasil deve se destacar no ano que vem, com o setor crescendo 12%. Além de superior em relação à média da região, a previsão de alta para o mercado brasileiro sobrepõe as projeções para Argentina (7%), Colômbia (10%), México (10%), Chile (11%) e Peru (11%). A previsão para os Estados Unidos também fica atrás (9%).

A alta prevista para o Brasil em 2024 também deve se configurar como uma desaceleração, uma vez que o crescimento esperado para 2023 é de 15%. No entanto, em 2025, os negócios de TI devem voltar a acelerar por aqui, com avanço estimado em 13%.

Em várias de suas previsões para os próximos anos, a IDC indica a incorporação de Inteligência Artificial (IA) nas atividades operacionais. De acordo com a consultoria, até 2027, 25% das despesas de TI, no que tange ao grupo das 5 mil maiores companhias latino-americanas, devem ser direcionadas à tecnologia.

Avatar photo

Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

Artigos: 1137