Conectividade segura e ágil como pilar da confiança no sistema financeiro

Nayara Martini, da TecBan, aborda como a segurança e a resiliência da conectividade garantem a confiança do consumidor no sistema financeiro
Conectividade segura e ágil como pilar da confiança no sistema financeiro
“Conectividade, além de uma necessidade técnica, é uma estratégia chave para o crescimento sustentável do setor financeiro”, diz Nayara Martini, da TecBan | Foto: divulgação

* Por Nayara Martini 

Imagine um mundo onde cada transação financeira é instantânea, segura e sem complicações. Esse é o futuro que a transformação digital está construindo para nós. Vivemos numa era de transformações aceleradas, especialmente no setor financeiro. A evolução de serviços como o Pix e a digitalização de processos bancários redefiniram a forma como realizamos transações e interagimos com o dinheiro. No entanto, essa revolução também traz novos desafios, particularmente no que toca à operação, infraestrutura de comunicação e à segurança.

Uma rede segura e ágil é hoje um dos pilares essenciais para construir e manter a confiança dos consumidores e a estabilidade do nosso sistema financeiro. Com o avanço do Pix os dados do Banco Central revelam a escala dessas mudanças. Segundo o Relatório Integrado de 2023, o Pix registrou mais de 42 bilhões de transações e movimentou cerca de R$ 17,2 trilhões. Estes números evidenciam o aumento exponencial das transações digitais, mas também a pressão que isso exerce sobre a infraestrutura financeira nacional. Esse crescimento não é apenas um reflexo da popularidade do serviço, mas um indicador da necessidade urgente de uma arquitetura tecnológica eficiente e robusta, que suporte essa demanda crescente sem comprometer a segurança e a continuidade dos serviços.

Para muitos, a infraestrutura digital pode parecer uma questão puramente tecnológica, mas, na prática, trata-se de uma experiência direta e vivida pelo consumidor em cada transação. Um sistema ágil, que permita transferências rápidas e seguras, não é apenas um requisito operacional, mas sim a base de confiança para o utilizador. A segurança que os consumidores têm no sistema financeiro depende, em última análise, de sua experiência — de saber que sua transação será realizada rapidamente e sem falhas na conectividade, mesmo quando o sistema enfrenta picos de demanda.

Um ponto que considero essencial é a redundância na infraestrutura tecnológica, que garante a continuidade dos serviços em qualquer circunstância. Esta resiliência é a base de um sistema financeiro confiável. Na era das transações instantâneas, contar com sistemas sobrepostos e preparados para falhas tornou-se mais do que uma opção – é uma necessidade! Sem isso, o sistema ficaria vulnerável a interrupções que poderiam afetar milhares, ou até milhões, de pessoas em questão de minutos.

Novas tecnologias como o 5G e a inteligência artificial têm um potencial transformador para o setor financeiro, principalmente em termos de velocidade e proteção. No entanto, para garantir que esses avanços realmente beneficiem o consumidor final, são necessários investimentos em infraestrutura que acompanhem o ritmo da inovação. A implementação do 5G, por exemplo, permite uma comunicação mais rápida e eficiente, essencial para suportar o aumento das transações digitais. Já a inteligência artificial pode ser uma ferramenta fundamental na detecção e prevenção de fraudes, um ponto crítico para preservar a segurança e a confiança dos consumidores.

Promover soluções integradas é essencial para garantir conectividade e segurança de ponta, com uma infraestrutura alinhada aos mais altos padrões. Um ecossistema eficiente e seguro não apenas suporta a inclusão financeira, mas também fortalece a confiança dos utilizadores. A conectividade, além de uma necessidade técnica, é uma estratégia chave para o crescimento sustentável do sistema financeiro.

Assim, acredito que o futuro do sistema financeiro brasileiro passa pela construção de uma infraestrutura que consiga acompanhar a evolução dos comportamentos e exigências dos consumidores. Precisamos não só de tecnologias avançadas, mas também de uma abordagem estratégica que olhe para o desenvolvimento de um sistema cada vez mais ágil, seguro e resiliente. Esta é a base da confiança que devemos continuar a construir e reforçar com cada nova transação, garantindo que o consumidor sinta que o seu dinheiro e os seus dados estão protegidos a cada clique.
É essencial que continuemos a investir e inovar para garantir que o sistema financeiro brasileiro não apenas acompanhe, mas lidere a transformação digital, proporcionando aos consumidores uma experiência de confiança e segurança, essencial para o crescimento sustentável da nossa economia.

As disparidades econômicas e a acessibilidade em algumas regiões, sem internet ou acesso bancário, são obstáculos significativos. O foco é enfrentar esses desafios, garantir a inclusão financeira e a conectividade, proporcionando um avanço digital no sistema financeiro, impulsionando e gerando impactos positivos na economia e na sociedade. A infraestrutura digital requer mais investimentos em segurança e resiliência para garantir a confiança do consumidor. Para que a transformação seja completa, é essencial avançarmos de forma integrada e eficiente, garantindo um sistema financeiro ágil, seguro e capaz de atender a todos. Para isso, a construção de uma infraestrutura robusta e bem conectada é fundamental para o setor financeiro.

*Nayara Martini é coordenadora de Telecom na TecBan

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