Como previsto, Copom corta juros, para 11,25%

O BC cortou 0,5% da taxa Selic. Nos EUA, Fed manteve inalterada a sua taxa. Nesta "super quarta" a taxa de desemprego no país foi a menor registrada desde 2014.
juros Copom Crédito: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Sede do Banco Central, em Brasília – Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu mais uma vez os juros básicos em 0,50 ponto percentual na reunião desta quarta-feira (31). Com isso, a taxa básica da Selic deixa o patamar de 11,75% e vai para 11,25% ao ano. Esse é o quinto corte na taxa.

Em nota, o Copom informou que pretende continuar a reduzir os juros em 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Na entrevista coletiva do Relatório de Inflação de dezembro, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, indicou que o Copom sempre se refere aos próximos dois encontros ao mencionar a expressão “próximas reuniões”, o que indica que os cortes continuarão até maio pelo menos.

“Em se confirmando o cenário esperado, os membros do comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, destacou o comunicado. Em relação à quando os cortes serão interrompidos, o órgão informou que isso dependerá do cenário econômico “de maior prazo”.

Nos EUA

O Federal Reserve o banco central dos Estados Unidos, por sua vez, também hoje, 31,  manteve os juros do país inalterados  em uma faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. A decisão foi unânime. Esse continua sendo o maior nível das taxas desde 2001.

Ao publicar a decisão, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) afirmou que não considera apropriado reduzir o intervalo de juros até que tenha “maior confiança de que a inflação está evoluindo de forma sustentável para 2%”, a meta do Fed.

Menor Desemprego Interno

Também hoje, o país teve uma nova boa notícia sobre o nível de emprego. A taxa de desocupação chegou a 7,4% no trimestre encerrado em dezembro de 2023, um recuo de 0,3 ponto percentual em comparação com o trimestre de julho a setembro. O resultado anual é o menor desde 2014, confirmando a tendência já apresentada em 2022 de recuperação do mercado de trabalho após o impacto da pandemia da COVID-19. O patamar está próximo do início da série histórica, em 2012, quando a taxa média foi de 7,4%. A menor taxa da série foi em 2014, com 7,0%.

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Redação DMI

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