Com três operadoras, mercado brasileiro tende a ser mais racional, diz Bank of America
O mercado brasileiro de telefonia móvel começa a dar sinais de que se tornará mais racional, a partir da venda da Oi móvel, avaliam analistas do Bank of America. No curto e médio prazo os analistas acreditam que o cenário do serviço móvel no país é bastante positivo. Em relação à redução do ICMS (Imposto sobre Mercadoria e Serviços) os executivos apostam que os preços mais baixos dos serviços devem ampliar a demanda e facilitar o repasse da inflação pelas empresas, o que deve levar as operadoras a absorverem maior parte dos ganhos.
Em relação à Claro, operadora móvel da América Móvil no país, o Bank of America chamou a atenção para o destaque feito pela empresa das tendências positivas em termos de portabilidade para os ativos adquiridos, com mais clientes migrando para a Claro no mercado brasileiro do que saindo no processo de integração inicial. Com adição dos clientes da Oi Móvel, a Claro obteve uma expansão de 20,1% em sua receita no segundo trimestre deste ano. Organicamente, esse crescimento seria de 13,7% , superando o aumento de 10,3% do período anterior. A base de assinantes atingiu 85,7 milhões com a incorporação de 12,9 milhões de consumidores da Oi (8,2 milhões pré-pagos e 4,7 milhões de pós pago), aumento 7,5% na comparação anual.
O relatório ainda enfatiza que a FWA (Fixed Wireless Access) é uma grande oportunidade para a empresa a partir do lançamento do 5G. Com a nova plataforma, o uso de FWA em regiões menos densas da América Latina se tornará uma opção, pois a implantação de fibra pode ser muito cara e o 5G poderá fornecer uma conexão de internet rápida e estável. A empresa já tem mais de 3 milhões de assinantes usando banda larga sem fio na América Latina hoje, ressaltam os especialistas da instituição financeira.