Com Telefónica e AT&T entre fundadores, entidade é criada para defender políticas em Open RAN

AWS, Google e Microsoft também participam da fundação da iniciativa, que pretende reduzir o uso de tecnologias proprietárias nas redes móveis

Foi lançada hoje, 5, nos Estados Unidos, a Open RAN Policy Coalition. A organização terá a missão de fazer governos mundo afora adotarem políticas para a adoção, por parte das operadoras de telecomunicações, de tecnologias abertas em redes móveis.

“O que une nossos membros é a crença de que abrindo os protocolos e interfaces de vários subcomponentes na rede de acesso móvel resultará em um ambiente em que as redes podem ser implantadas com um desenho modular, sem necessidade de dependência de um único fabricante”, escreve no manifesto de lançamento da entidade a diretora executiva, Diane Rinaldo.

A nova entidade surge com 31 integrantes: Airspan, Altiostar, AT&T, AWS, Cisco, CommScope, Dell, DISH Network, Facebook, Fujitsu, Google, IBM, Intel, Juniper Networks, Mavenir, Microsoft, NEC Corporation, NewEdge Signal Solutions, NTT, Oracle, Parallel Wireless, Qualcomm, Rakuten Mobile, Samsung Electronics America, Telefónica, US Ignite, Verizon, VMWare, Vodafone, World Wide Technology, and XCOM-Labs.

A entidade ressalta que no passado as operadoras dependiam de um mesmo fornecedor para comprar a estação radiobase, o hardware e o software proprietários responsável pelo funcionamento de uma rede de acesso móvel.

Com o conceito de Open RAN, tal dependência desaparece, e cada um desses componentes poderia vir de um fabricante distinto por haver interoperabilidade. A consequência seria o aumento da competição, ampliação do ecossistema e mais chance de novos players entrarem no mercado.

Vale lembrar que nos últimos anos o mundo viu o mercado de redes se concentrar cada vez mais nas mãos da chinesa Huawei, e das europeias Nokia e Ericsson. Ao menos por enquanto, nenhuma dessas companhias integraram a coalizão.

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Rafael Bucco

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