Com recursos da Lei de Informática, Positivo cria fundo para investir em startups
A Positivo Tecnologia criou em dezembro um fundo de investimento em participações (FIP) para investir em startups. A companhia reservou R$ 14 milhões para adquirir participações em empresas tecnológicas nascentes. E já fez compras. Em fevereiro a fabricante de PCs e celulares comprou 12% da empresa Agrosmart e 20% da @Tech. Ambas desenvolvem tecnologia para o agronegócio.
O capital usado no fundo sai das obrigações de investimento em P&D da Positivo determinados pela Lei de Informática. A companhia montou o fundo conforme os critérios estabelecidos da lei 13.674/18, regulamentada em novembro pelo MCTIC através da portaria 5.894/18.
A Agrosmart combina análise de informações genéticas, imagens de satélite e dados de lavouras com previsões meteorológicas para formular modelos adaptados ao microclima da agricultura tropical. Já a @Tech desenvolve modelos de monitoramento da criação animal, para encontrar o ponto econômico ótimo que atende as necessidades da fazenda, indústria de carnes e o mercado.
“A companhia identificou estas oportunidades de investimento em um segmento que acredita possuir grande relevância para a economia brasileira, em que o apelo por inovações tecnológicas é evidente e pode gerar alto valor nos próximos anos”, diz a Positivo.
Resultados de 2018
A Positivo divulgou na noite de ontem, 27, os resultados de 2018. A companhia paranaense registrou prejuízo de R$ 500 mil, ante prejuízo de R$ 44,7 milhões em 2017. A receita bruta caiu 3,7%, para R$ 2,1 bilhões. Já o EBITDA aumento 43,3%, para R$ 110,5 milhões.
A empresa teve aumento de 18,5% nas vendas de PCs, com o total de 939,2 mil unidades vendidas. No mercado de celulares, houve queda de 11% nas vendas, que totalizaram 1,53 milhão de unidades, das quais, 803 mil eram smartphones. A Positivo explica que a retração em celulares se deveu ao acirramento da competição entre os maiores fabricantes e continuidade da guerra de preços entre eles.