Com mais 90 dias para negociar com empresas nos Estados Unidos, Huawei visita Bolsonaro em Brasília
O governo dos Estados Unidos anunciou hoje que estendeu por mais 90 dias a licença temporária que vai permitir à Huawei realizar negócios com empresas norte-americanas, o que deve beneficiar, principalmente, carriers que operam redes de telefonia em áreas rurais e remotas e usam equipamentos da gigante chinesa naquele país. Também hoje, em Brasília, o CEO da companhia, Wei Yao, foi recebido pelo presidente Jair Bolsonaro.
Em maio, o governo Trump proibiu temporariamente a compra e venda de produtos da Huawei nos Estados Unidos mas deu a possibilidade para as empresas que quisessem uma isenção dessa medida emergencial se candidatarem à TGL (Temporary General License ) para darem prosseguimento a negociações. O prazo da segunda extensão da TGL se encerraria hoje, quando foi anunciada a terceira prorrogação.
“A extensão da TGL permitirá que as carriers continuem atendendo clientes em algumas das áreas mais remotas dos Estados Unidos que, de outra forma, seriam deixadas no escuro”, disse o Secretário de Comércio, Wilbur Ross, em comunicado à imprensa. Esta é a terceira extensão concedida pela administração.
No Brasil, o presidente Bolsonaro se encontrou há alguns dias com o líder chinês, Xi Jinping, que esteve no país para a reunião dos Brics. Na ocasião, a China anunciou que colocaria à disposição do país investimentos de mais de R$ 100 bilhões de pelo menos cinco fundos estatais para financiamento, sobretudo, de projetos de infraestrutura.
Após o encontro de hoje do CEO da Huawei Wei Yao com Bolsonaro, a fabricante divulgou um comunicado dizendo que a empresa já lidera a corrida 5G no mundo e aposta que essa liderança se repetirá no Brasil. Ela também ressaltou que se trata da única fornecedora que tem solução para integrar estações base 5G com tecnologia de micro-ondas, dispensando a necessidade de conexões de fibra óptica. “Esta é uma solução de grande vantagem econômica”, diz o comunicado.