Com foco nas Américas, Hispasat lança satélite Amazonas Nexus ao espaço
Com as condições climáticas adequadas, a operadora espanhola Hispasat conseguiu lançar, na noite de segunda-feira, 6, o satélite Amazonas Nexus. A missão foi realizada no Complexo Espacial de Lançamento 40 (SLC-40), da estação da Força Espacial dos Estados Unidos, em Cabo Canaveral, na Flórida. O equipamento foi posto em órbita por meio do foguete Falcon 9, da SpaceX.
O Amazonas Nexus é um satélite geoestacionário de alto desempenho, o qual deve permitir o acesso à internet de alta velocidade em todo o continente americano, incluindo os corredores norte e sul do oceano Atlântico, a Groenlândia e a Floresta Amazônica.
O investimento no satélite foi de aproximadamente 300 milhões de euros (R$ 1,659 bilhão). A Hispanet indica que o valor deve ser recuperado tão logo o equipamento entre em pleno funcionamento. A empresa informou que tem acordos comerciais para o arrendamento a longo prazo de 60% da capacidade do satélite com operadoras e prestadores de serviço em âmbito governamental, além de conectividade para o setor de aviação.
Fabricada nas instalações da Thales Alenia Space, em Cannes, na França, o satélite conta com participação da indústria aeroespacial espanhola, como as empresas Sener, GMV e Aicox.
Além disso, o equipamento utiliza um Processador Digital Transparente (DTP), que permite estabelecer comunicações em toda a sua área de cobertura. A previsão é de que o Amazonas Nexus tenha mais de 15 anos de vida útil.
A Hispasat indicou que, por ser um satélite de propulsão elétrica, o corpo artificial deve demorar seis meses para chegar à órbita geoestacionária. De todo modo, o Amazonas Nexus ficará situado na posição definitiva a 61º Oeste e entrará em funcionamento após a realização dos últimos testes, já em órbita.
“Nosso satélite começa sua travessia para a posição definitiva a partir da qual oferecerá os serviços mais avançados para a América, a Groenlândia e os corredores norte e sul do Atlântico. Começa, assim, um novo período nesta missão, igualmente crucial, que é o lançamento, mas de vários meses de duração, até sua entrada em funcionamento”, afirmou, em nota, Miguel Ángel Panduro, presidente executivo da Hispasat.
Segundo a empresa, a pegada de carbono derivada do processo de lançamento será compensada por meio do plantio de mudas da espécie Sylvestris.