Com expansão do pós-pago, lucro da TIM cresce 11,2% no 3º trimestre

Lucro da operadora avançou a uma taxa de dois dígitos pelo sexto trimestre seguido; receita com pós-pago teve alta de 8,3%, com a ampliação de 9,2% na base de clientes da modalidade
Lucro da TIM cresce 11,2% com avanço do pós-pago
Receitas e lucro da TIM crescem com avanço do pós-pago (crédito: TIM/Divulgação)

A TIM auferiu lucro líquido normalizado de R$ 805 milhões no terceiro trimestre de 2024, alta de 11,2% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com balanço financeiro divulgado nesta segunda-feira, 4. Esta foi a sexta alta trimestral de dois dígitos seguida registrada pela operadora, na comparação anual. O montante também representa o maior patamar de lucro líquido já obtido pela empresa em um terceiro trimestre.

As receitas com os serviços móvel (+6,3%) e fixo (+2,6%) também cresceram no período de julho a setembro, com o faturamento geral da empresa avançando 6%, chegando a R$ 6,41 bilhões.

No geral, o serviço móvel da TIM registrou R$ 5,89 milhões em receitas no terceiro trimestre. O destaque foi a modalidade pós-paga, cujo faturamento teve expansão de 8,3%, na comparação anual. A receita média por usuário (ARPU, na sigla em inglês) ficou em R$ 43,3, apontando leve baixa anual de 0,9%. No entanto, excluindo M2M, o ARPU do pós-pago foi de R$ 53,2, com ligeira alta de 0,7%.

“O desempenho da receita reflete: (i) o reajuste de preços anual aplicado sobre parte da base pós-paga, porém em menor percentual quando comparado ao reajuste aplicado em 2023; (ii) esforços para migração de clientes para planos de mais alto valor; além do (iii) êxito da Companhia na redução dos níveis de desconexões”, afirmou a TIM.

A receita do pré-pago, por sua vez, teve queda de 5,1%, em função da migração de usuários para o plano pós-pago e da diminuição da recorrência de recarga de determinados grupos de clientes, indicou a operadora.

Já o serviço fixo da TIM gerou receitas de R$ 333 milhões no terceiro trimestre, avançando 2,6% ante o mesmo período do ano passado. O produto TIM Ultrafibra, serviço de banda larga fixa via fibra óptica, teve alta anual de 6%, com o ARPU chegando a R$ 99 (+5,9%).

“Este resultado reflete a estratégia da Companhia na expansão mais seletiva da TIM Ultrafibra, que chegou ao Rio Grande do Sul, com a cobertura de 28 novos municípios no 3T24. Vale destacar que o FTTH já representa mais de 94% da nossa base de clientes total da banda larga”, informou a TIM.

Lucro operacional e investimentos

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) normalizado da TIM teve alta de 7,5% no terceiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano anterior, para R$ 3,23 bilhões. A operadora atribui o resultado à “combinação do desempenho positivo da receita de serviços e de um contínuo controle de custos”.

A margem EBITDA normalizada ficou em 50,7%, registrando um crescimento de 0,7 ponto percentual ante o mesmo trimestre de 2023.

O capex, por outro lado, diminuiu 10,2%, totalizando R$ 896 milhões. Segundo a TIM, os investimentos em infraestrutura de rede e TI foram maiores no ano passado. Todavia, a operadora destaca o avanço na expansão do 5G, com a ativação da rede em 142 novas cidades entre julho e setembro.

Base operacional

A TIM encerrou o terceiro trimestre com 62,1 milhões de usuários do serviço celular. Em 12 meses, a base teve a adição de 895 mil clientes e, no intervalo de julho a setembro, de 163 mil. A rede 5G, até o nono mês do ano, estava disponível em 495 cidades.

A carteira pós-paga teve avanço de 9,2%, alcançando 29,7 milhões de assinantes. Pelo processo de migração de clientes, o pré-pago teve baixa de 4,7% ante o terceiro trimestre do ano passado, mas ainda é a modalidade com a carteira mais volumosa da TIM (32,5 milhões de usuários).

O serviço de banda larga fixa fechou setembro com 793 mil assinantes, dos quais 744 mil são atendidos em fibra óptica. Levando em conta apenas a base de FTTH, houve avanço de 7,5% na comparação anual.

Remuneração a investidores

Os resultados positivos da TIM levaram a operadora a cravar a remuneração que será distribuída aos acionistas neste ano de 2024. Conforme a tele, serão distribuídos aproximadamente R$ 3,5 bilhões, dos quais R$ 800 milhões em juros sobre capital próprio (JSCP) já deliberados, e cerca de R$ 2,7 bilhões (JSCP e dividendos) a serem aprovados nos próximos meses.

Este era o único número de curto prazo que a empresa ainda não tinha divulgado em seu guidance do triênio de 2024-2026. No conjunto dos próximos três anos, a TIM prevê distribuir entre R$ 11,8 bilhões e R$ 12,2 bilhões a seus acionistas.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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