Com 10% de market share, Lyra gere 3 milhões de chips em maquininhas

Em termos de transações com cartões, os dispositivos com conexão gerenciada pela empresa respondem por cerca de 20% do total no país; empresa também tem serviço voltado para dispositivos IoT
Com 10% de market share, Lyra gerencia 3 milhões de chips em maquininhas
“A Lyra garante conectividade de 99,9% para as maquininhas, por meio redundâncias. Os chips são comprados das operadoras em função da cobertura que cada cliente precisa”, diz Jerome Pays

Quem realiza um pagamento corriqueiro em uma maquininha de cartão nem pensa que por trás da funcionalidade há várias empresas. Além da bandeira do cartão, do banco e da própria empresa que administra a maquininha, há ainda aquela que garante a conectividade do equipamento. Com sede no Brasil, onde está desde 2004, a francesa Lyra atua nesse negócio.

A empresa administra atualmente 3 milhões de SIM cards, ou chips, em maquininhas de cartão, o que representa 10% de market share desse mercado. Em termos de transações, os equipamentos com chips gerenciados pela Lyra realizam 20% do total, isto é, cerca de 6 bilhões de transações em 2022.

“O que a Lyra faz é garantir uma conectividade de 99,9% para essas maquininhas, por meio de várias redundâncias. Os chips são comprados das operadoras em função da cobertura que cada cliente precisa. Também somos responsáveis pelo envio correto desses chips aos terminais, a instalação e o gerenciamento para que a dinâmica de pagamentos ocorra normalmente “, explica Jerome Pays, diretor de Marketing da Lyra.

De acordo com o executivo, os 3 milhões de chips ativos atualmente estão espalhados pelo país e o volume de SIM cards comprados e administrados pela Lyra fez dela umas das principais clientes das operadoras de telecom.

Além de prover a conectividade das maquininhas, a Lyra tem outra atuação em relação aos dados de pagamentos realizados nesses equipamentos. A empresa faz a coleta dessas informações para envio às bandeiras de cartão. “Para realizar esse serviço de processar, armazenar e transmitir dados dos cartões, nós temos uma certificação, em três níveis, chamada PCI, que é dada por um pool das maiores bandeiras de cartão do mundo”, explica Jerome.

Conectividade para IoT

A expertise adquirida na implantação e monitoramento de SIM cards para as maquininhas de cartão levou a empresa a oferecer outra solução, a de chips M2M, aqueles projetados para conectar dispositivos IoT (Internet of Things). “Essa é uma indústria que tem uma demanda forte. Locadoras de carros, concessionárias de luz e agronegócio são alguns dos negócios que utilizam essa solução”, conta Pays.

Entre os clientes da Lyra, por exemplo, está uma empresa de manutenção de piscinas. Com chips M2M instalados e monitorados pela Lyra, a empresa mantém sensores que medem a qualidade da água e fazem a distribuição de cloro em centenas de piscinas ao mesmo tempo, sem precisar deslocar um funcionário em todas as ocasiões.

A solução da Lyra para dispositivos IoT também trabalha com redundância de operadoras e identifica qual está com melhor sinal a cada momento a fim de manter a conectividade. “Os clientes precisam de conexão contínua, sem interrupção, além de segurança dos dados que são trafegados”, diz Pays.

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Simone Costa

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