Claro quer preço do celular 5G a 500 reais e negocia com fabricantes

Para Paulo César Teixeira, o celular 5G precisa chegar até o final do ano ao preço de US$ 100, para que a massificação da nova tecnologia realmente aconteça.

Paulo Cesar Teixeira, CEO da Claro Brasil

Barcelona –  O CEO da unidade de consumo da Claro, Paulo Cesar Teixeira, reuniu-se esta semana com os diferentes fabricantes de aparelhos de celular durante o Mobile World Congress com um único objetivo: reduzir o preço do celular 5G para o consumidor brasileiro, para que  não custe mais do que US$ 100 dólares (ou pouco mais de 500 reais). ¨ O preço do aparelho é essencial. Para uso contínuo da banda larga, tem que ter aparelho acessível¨, afirmou o executivo. A sua expectativa é que os fabricantes  que atuam no país – Motorola ou  Sansung, e a Qualcomm, desenvolvedora dos chips, consigam entregar ao mercado brasileiro devices 5G a esse valor pelo menos no final deste ano.

Para Teixeira, não tem mais sentido o consumidor comprar um celular 4G, pois a prova de futuro agora é mesmo o 5G. E, para confirmar essa afirmação, fala do desempenho de sua própria rede.

A Claro hoje lidera a corrida do 5G em número de clientes. Segundo Teixeira, na área de cobertura onde a empresas tem o serviço 5G – já são mais de 80 cidades – 18% dos aparelhos possuem essa tecnologia embutida. Mas esses 18% de clientes que mudaram de aparelhos já são responsáveis por gerar 30% do tráfego de dados. Para o executivo, a barreira do preço do celular é o grande desafio  para que a 5G possa ser  massificado e se transformar rapidamente em novo objeto de consumo e de inclusão da população.

Para Paulo Cesar Teixeira, a competição no mercado de telefonia celular sempre foi acirrada, mas as operadoras atuam prevendo a remuneração sobre seus investimentos. ¨Os preços são competitivos, mas estão dentro da racionalidade¨, afirmou.

Conforme o balanço divulgado recentemente,  em dezembro 2023 a Claro ocupou a  liderança do mercado na tecnologia 5G, com 37,6% de participação de nacional, somando 10,5 milhões de clientes com essa tecnologia. No pós-pago, a operadora encerrou o ano com  com 51,5 milhões de assinantes, crescimento de 9,7% na comparação anual, adicionando 4,5 milhões de clientes no ano.

 

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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