Claro pretende pagar à vista os milhões do espectro 5G

A Claro foi a operadora que mais lotes de frequência comprou. O montante que vai para o Tesouro Nacional poderia ser parcelado em 20 anos, mas empresa vai quitar tudo no dia 23.
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PL prorroga a desoneração da folha de pagamento para 17 setores econômicos, inclusive TI e call center – crédito: divulgação

A Claro pretende pagar à vista os milhões oferecidos pelo espectro adquirido no leilão do 5G. A operadora foi a que mais comprou frequências no certame realizado pela Anatel no início deste mês de novembro e executivos da empresa informaram ao Tele.Síntese que irão desembolsar em uma única parcela o montante convertido em recursos e não em obrigações de cobertura.

A operadora comprou nove lotes de frequências no leilão da Anatel, para os quais pagou o valor total de R$ 1,737,988 bilhão.  Nesse valor  já estão embutidos os compromissos de cobertura, ou o valor econômico da frequência. Embora a Anatel não tenha detalhado quanto cada empresa deveria, de fato, desembolsar para o Tesouro Nacional, ela informou que do total arrecadado – R$ 47,2 bilhões – o valor destinado ao Tesouro Nacional seria de R$ 4,8 bilhões.

Pelas regras do edital, as empresas podem parcelar o montante a ser pago ao governo em até  20 anos. Mas a Claro deverá desembolsar tudo no dia 23 de dezembro, quitando, integralmente a sua dívida.  Nos leilões anteriores, quando a operadora também comprou o máximo de espectro que lhe foi permitido, o grupo também preferiu desembolsar em uma única parcela os recursos devidos. “Com esse leilão preparamos o futuro da empresa para os próximos 20 anos”, disse o executivo.

Conforme estimativas da Anatel, se todas as empresas optassem por parcelar o pagamento do espectro, a União receberia este ano apenas R$ 240 milhões. Mas, assim como a Claro, outras operadoras também poderão optar pelo pagamento em uma única parcela.

O QUE A CLARO COMPROU

Relembre os  nove lotes arrematados pela operadora:

Frequência de 3,5 GHz

Comprou lote nacional de 80 MHz, por R$ 338 milhões (ágio de 5,18%)

Comprou sobra do lote nacional, de 20 MHz por R$ 80,338 milhões (ágio de 0%)

Frequência de 2,3 GHz

Lote Região Norte – por R$ 72 milhões (ágio de 101,79%)

Lote São Paulo – por R$ 750 milhões ( ágio de 755,1%)

Lote Centro-Oeste – por R$ 150 milhões (ágio de 381,5%)

Lote Sul – por R$ 210 milhões (ágio de 259,65%)

Lote de 100 municípios dos estados de MG, SP, GO e MS – por R$ 32 milhões (ágio de 406,19%)

Frequência de 26 GHz

Lote Nacional – R$ 52,825 milhões (ágio de 0%)

Lote Nacional – R$ 52,825 milhões (ágio de 0%)

 

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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