Claro já percebe aumento do tráfego na banda larga móvel onde há retomada

Expectativa dentro da operadora é que o consumidor leve hábitos adquiridos durante o isolamento para a rua no pós-pandemia, como o consumo mais intenso de entretenimento.

O afrouxamento das políticas de isolamento social em algumas cidades do Brasil, e consequente retomada a rotina das pessoas, deverá trazer desafios para as operadoras de telecomunicações. Durante o confinamento em que boa parte da população entrou nos último cinco meses, as empresas viram saltar o tráfego de dados na banda larga fixa. Agora, conforme os usuários voltem a sair de casa para ir ao trabalho, as redes móveis deve passar pelo desafio de absorver hábitos adquiridos na crise, como o uso de videochamadas por aplicativos ou consumo de apps de streaming.

Conforme explicou Márcio Carvalho, diretor de Marketing da Claro, em live realizada hoje pelo Tele.Síntese, ao longo da pandemia houve uma explosão do consumo de entretenimento e aplicações de produtividade. Apenas o Now, ferramenta de VoD da operadora, registrou elevação de 30% na demanda. Apps de streaming também saltaram em uso, o que levou a tele a integrar transmissões de eventos musicais a sua plataforma de TV paga, disponibilizando em um canal para os assinantes alguns dos eventos transmitidos pela internet por diferentes celebridades.

“Na rede móvel, o tráfego antes da pandemia era nitidamente dividido em dia e noite. De dia, maior consumo na região central da cidade, nos escritórios, de noite, nas casas. Com a pandemia, o pico saiu da região central nos escritórios e passou a ser consumido nas regiões residenciais. E já estamos vendo, na retomada, um comportamento híbrido, em que as aplicações usadas na banda larga fixa começam a migrar para a rede móvel”, alerta.

Segundo ele, a Claro está preparada para essa transição. “A gente brinca que na pandemia a pressão ficou toda em cima das equipes que cuidam da rede fixa. Agora, a pressão vai estar na rede móvel”, afirmou.

O longo caminho rumo a 5G

A quinta geração de telefonia móvel aparece como um alento neste cenário, em função da maior capacidade que trará. Mas Cavalho lembra que o maior ganho de capacidade depende ainda do leilão de novas frequências, na instalação de mais infraestrutura, como torres e fibras, uma vez que haverá grande adensamento de antenas.

Ele falou que a Claro já está instalando antenas 4,5 G que precisarão de uma atualização de software para se tornarem 5G. “Foi o fato de ter o 4,5 G que nos habilitou chegar agora com o 5G DSS fazendo agregação por portadoras. E continuamos a preparar a rede, para depois do leilão, quando o novo espectro estiver disponivel.”contou.

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Rafael Bucco

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