Cirion investe mais em rede para interconectar data centers

Previsão de crescimento da demanda por data centers de IA exigirá maior capacidade de interconexão, prevê a Cirion

Data center da Cirion

A Cirion Technologies está ampliando sua capacidade de interconexão com outros data centers e investindo mais na construção de rede óptica. Segundo José Eduardo Leão de Freitas, diretor de produtos de fibra, a empresa vai aportar US$ 325 milhões este ano na América Latina, a maior parte no Brasil, para expansão de suas operações de rede e data center, uma alta de mais de 50% sobre o ano passado.

Atualmente, o backbone da Cirion se estende por mais de 90.500 km, incluindo fibras terrestres e submarinas, atravessando o Brasil de norte a sul e conectando mais de 20 países na América Latina e mais de 160 data centers, sendo 18 data centers próprios.

“Estamos nos posicionando como opção para conectar data centers. Neste momento, estamos terminando a interconexão de mais dois data centers em Curitiba, um em Jundiaí, três em Belo Horizonte, e mais seis no Rio de Janeiro”, conta Freitas.

Nenhum é unidade própria. São todos de terceiros, que serão servidos pela via rápida da empresa de atacado. São unidades de diferentes empresas, entre as quais, de Scala, Odata, Ascenty e BR Digital, Sempre, Ativas. “Essas redes vão ficar prontas no início do ano que vem”, acrescenta o executivo.

Segundo ele, o investimento ampliado se deve à expectativa de aumento da demanda por conta da inteligência artificial, que exige trânsito maior de dados entre os data centers. “A primeira onda que pegamos foi a expansão de data centers, segmento que cresce dois dígitos todo ano. Aí veio a expansão da rede que conecta estes data centers. A próxima onda será de AI, que vai exigir mais rede e estamos nos preparando”.

Além da expansão da rede, a empresa abriu um novo PoP (ponto de presença) na cidade de Limeira (SP). Com isso, são 125 PoPs no Brasil. Mais perto de data centers na região, os clientes locais podem acessar diretamente o backbone da Cirion, reduzindo custos com interconexão e melhorando a latência, afirma a empresa. A ideia é que a nova estrutura seja demandada por provedores de internet regionais.

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Rafael Bucco

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