Cibercrime invade o espaço das criptomoedas

Relatório da empresa de segurança cibernética Digital Shadow revela que os crimes cibernéticos estão avançando no espaço das operações das moedas digitais

cadeado-seguranca-conexao-dados-criptografiaEm relatório divulgado nesta quinta-feira, 1º, a empresa de segurança cibernética Digital Shadows alertou sobre o avanço dos hackers sobre as operações feitas com criptomoedas, um mercado desregulado e em parte inseguro. A popularidade do Bitcoin e sua valorização no mercado – mesmo com a queda nas bolsas verificada a partir de dezembro de 2017, sua história ainda é de sucesso – abriu espaço para o surgimento, nos últimos anos, de cerca de 1.500 outras moedas digitais ou tokens.

O intenso movimento de criptomoedas e transações criptografadas na rede está atraindo para esse universo, de acordo com o relatório, uma legião de criminosos desejosos de ganhar dinheiro rapidamente. O relatório, divulgado pela agência Reuters, destaca alguns esquemas usados para fraudar esse mercado.

Um dos mais usados é o “crypto jacking”, onde os cibercriminosos secretamente assumem o controle de outro usuário do computador e usam-no fraudulentamente para minar ou criar criptografia. Assim, conseguem emitir um certo número de bitcoins ou cryptomoedas em troca.

Outro tipo de fraude que também é comum, segundo o relatório, é o uso de botnets, coleções de dispositivos conectados à internet, que podem incluir PCs, servidores e dispositivos móveis que são infectados e controlados por um tipo comum de malware. Os usuários geralmente não sabem que um botnet infectou seu sistema. Os botnets foram usads pela primeira vez na mineração do bitcoin em 2014. O processo era muito complexo para ser financeiramente viável, mas os botnets voltaram pois as criptografia mais recentes, como a Monero, são mais fáceis de “mitigar”, observa o relatório.

Os hackers atuam também na oferta inicial de moedas (ICOs, na sigla em inglês), que se tornaram frequentes em função do grande número de moedas sendo lançadas. Os ICOs arrecadaram cerca de US$ 5 bilhões para várias startups e projetos em 2017, de acordo com dados da Crunchbase. O que os cibercriminosos fazem é roubar fundos de ICOs ou manipular preços. (Com noticiário internacional)

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Da Redação

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