Chineses aceitam renegociação de dívida da Nextel

Nextel terá oito anos para pagar, mas deverá manter um mínimo de geração de caixa. Aval da China era o último requisito imposto pelo Ice Group para comprar o controle da operadora brasileira.

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A Nextel Brasil anunciou hoje, 8, que a agência seguradora de exportação e créditos da China, Sinosure, aprovou a renegociação das dívidas detidas pela empresa. Este aval era o último aguardado pelo grupo escandinavo Ice (antigo AINMT) para comprar o controle da operadora.

Conforme a Nextel, a Sinosure aceitou adiar o pagamento de R$ 1,28 bilhão por 48 meses. A tele terá, ainda, 8 anos para pagar a dívida, e alguns compromissos de níveis de endividamento ficam suspensos até 2020.

Como garantias, a Nextel ofereceu direitos preferenciais a valores mantidos em “determinadas contas bancárias”, equipamentos e propriedades. Como contrapartida, deverá manter um saldo mínimo mensal de caixa e de fluxo de recebíveis.

A empresa tem, hoje, R$ 1,33 bilhão em caixa. Promete usar o dinheiro para recuperar clientes perdidos com o desligamento do rádio iDEN, atraídos para serviços agora com foco em 3G e 4G.

A NII, holding que controla atualmente a operadora, também deu garantias. “Algumas subsidiárias da NII concordaram em realizar contribuições de capital próprio, oriundo de saldos de caixa disponíveis para a Nextel durante os próximos 48 meses”, explica, em nota.

O mesmo acordo já tinha sido fechado com Banco do Brasil e Caixa, que ao lado do chinês CDB, detêm a quase totalidade da dívida da Nextel.

Anatel

A Nextel teve, ainda, uma boa notícia no final de 2017. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) diz que a empresa cumpriu requisitos desempenho. Com isso, foram liberadas garantias relacionadas às obrigações de cobertura geográfica da rede da Nextel no Brasil. O que deve permitir à empresa recuperar R$ 156 milhões referentes a essas garantias. A agência também já autorizou a troca de controle da operadora.

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Rafael Bucco

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