China Telecom avalia entrar na capitalização da Oi

China Telecom e Oi firmaram acordo de confidencialidade sobre as conversas. Os executivos da operadora chinesa que participam da due dilligence na Oi, há mais de uma semana, são os mesmos que circularam em Brasília há um mês, quando visitaram autoridades do governo e da Anatel.

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O chief financial officer da Oi, Ricardo Malavazi, falou a analistas nesta sexta-feira, 22, que a China Telecom é mesmo uma das empresas que estudam participar da capitalização da companhia.

Rumores sobre o assunto circulavam no mercado desde que o alto escalão da tele asiática foi a Brasília conversar com representantes da Anatel e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Os executivos que estão participando da due dilligence na operadora brasileira estão em Brasília há mais de um mês e são os mesmos que circularam em Brasília, visitando autoridades do governo e da Anatel. Nesta semana, o ministro Gilberto Kassab afirmou que a operador brasileira  depende de um novo sócio para se recuperar.

Um provável ingresso da China Telecom na companhia brasileira pode dar o alívio que o governo espera, pois é uma empresa que não tem problemas de capital (tem o banco chinês por trás) e tem tradição no mercado de telecom. O interessante é que as três maiores empresas de telecomunicações da China estão se movimentando no mesmo momento. A China Telecom já tinha escritório aqui há algum tempo, mas tinha atuação muito discreta. Na semana passada, a China Mobile fez a sua estreia, com a abertura de escritório em São Paulo, e se apresentou em grande estilo para dezenas de representantes do governo e do mercado. E no próximo dia 3 de outubro a Unicom, também da China, também faz a sua festa de ingresso no mercado brasileiro.

A capitalização é vista pelo comando da concessionária brasileira como essencial ao plano de recuperação judicial, que tramita na Justiça do Rio de Janeiro. O valor estimado dessa alcança R$ 8 bilhões.

Conforme relato de Malavazi, os chineses pediram acesso a informações sensíveis da Oi a fim de analisar o potencial para investir na operadora brasileira. Com isso, os grupos assinaram um termo de confidencialidade. Ele não soube precisar o mês.

Procurada, a Oi confirmou por meio de assessoria de imprensa a fala de Malavazi, feita durante evento da Apimec, no Rio de Janeiro, nesta manhã e divulgada pela agência de notícias Reuters. A assessoria lembra que este tipo de contrato é comum, e já foi firmado com outras empresas desde o início da recuperação judicial – em junho de 2016.

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Da Redação

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