China implantou 825 mil estações 5G só em 2022

Densidade chega a uma estação 5G para cada 635 habitantes na China, densidade 49x superior à vista no Brasil atualmente

Imagem: Freepik

O gigantesco mercado chinês continua… gigantesco. De janeiro a outubro, as operadoras móveis da China implantaram 825 mil estações radiobase 5G. Com isso, o total de ERBs de quinta geração por lá chegou a 2,25 milhões.

A China tem população de 1,43 bilhão de pessoas. Significa que existem, ao todo, uma estação para cada grupo de 635 habitantes. Os dados são da agência chinesa Xinhua.

A título de comparação, no Brasil, há 6.883 estações 5G em funcionamento, conforme dados da Anatel. O que significa densidade de 31.236 pessoas para cada site de quinta geração instalado – considerando a população projetada pelo IBGE de 215 milhões.

Tocando em miúdos, a China tem 49 vezes mais estações 5G instaladas do que o Brasil atualmente.

Conforme as regras do leilão 5G da Anatel, as operadoras deverão acelerar a cobertura do 5G por aqui. Neste ano, foram obrigadas a ligar o sinal apenas nas capitais, na proporção de uma estação para cada 100 mil habitantes. Como os números mostram, foram além disso.

Ano que vem, passam a cobrir regiões metropolitanas e cidades grandes que não sejam capitais de estado. Logo em janeiro, terão sinal livre para utilizar em 420 cidades. Até 2030, devem levar o 5G a todas as cidades com ao menos 30 mil habitantes, chegando à proporção mínima de uma estação para cada 10 mil pessoas – densindade ainda 15 vezes inferior à densidade experimentada no mercado chinês de hoje. Vale notar que, no caso brasileiro, a regra do edital se refere a estações para 5G standalone ou superior.

A China é o país de origem de duas das 4 maiores produtoras de equipamentos para redes móveis do planeta: Huawei e ZTE, banidas do mercado dos Estados Unidos – decisão reiterada e ampliada na última semana.

Telecom cresce na China, mas TI galopa

O setor de telecomunicações da China registrou expansão estável nos primeiros 10 meses de 2022, com negócios emergentes, como a computação em nuvem, registrando um rápido crescimento, mostraram dados oficiais divulgados nesta segunda-feira pela agência local.

A receita operacional combinada do setor ficou em 1,32 trilhão de yuans (US$ 185 bilhões) de janeiro a outubro, subindo 8% ano a ano, de acordo com o Ministério da Indústria e Informatização.

As receitas de negócios emergentes, como big data, computação em nuvem, centro de dados de internet e Internet das Coisas, expandiram-se mais rápido. A receita com esses negócios emergentes das três gigantes de telecomunicações – China Telecom, China Mobile e China Unicom – aumentou 33,1% ano a ano, para 256,3 bilhões de yuans.

Do total, a receita de computação em nuvem e big data saltou 127,8% e 59,3%, respectivamente, nos primeiros 10 meses, enquanto a de centros de dados aumentou 12,7%.

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Rafael Bucco

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