Chamadas de voz ou vídeo desbancam mensagens como principal serviço online
Em 2021, a principal finalidade do uso de internet pelos usuários brasileiros foi a chamada de voz ou vídeo, representando o favoritismo de 95,7% dos consumidores. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, no módulo sobre Tecnologia da Informação e Comunicação (PNAD Contínua TIC), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira, 16.
Esta foi a primeira pesquisa temática de TIC para domicílios desde o início da pandemia, em 2020, que ficou suspensa por conta da necessidade de reduzir as temáticas. A edição publicada nesta manhã é referente ao 4º quadrimestre de 2021.
De acordo com o levantamento, até 2019, o envio de mensagens por aplicativo era o principal uso da internet entre os usuários. No entanto, em 2021, ficou com 94,9% das prioridades, atrás das chamadas de voz ou vídeo.
A pesquisa também mostrou o impacto dos serviços de streaming e vídeos, que representa 89,1% do maior tempo usado na internet pelos consumidores. Entre todas as residências com acesso à internet (90% do país), o celular é o principal meio utilizado em 99,5% deles.
Quando o assunto é e-mail, há diferentes comportamentos a depender do perfil do usuário. Na população em geral, o percentual de pessoas que usava o e-mail como principal atividade na internet ficou estagnado em 62% nos últimos três anos. No entanto, entre estudantes, caiu de 84,2% para 55%.
Telefone fixo em baixa
Enquanto as ligações online crescem, o percentual de domicílios com telefone fixo caiu de 23,1% para 15,6% entre 2019 e 2021. No mesmo período, a parcela dos domicílios com celular aumentou de 94,4% para 96,3%.
Na área urbana, o telefone fixo está presente em 17,2% das residências, enquanto que na área rural este número cai para 5%. Já o celular é usado em 90% das casas no campo e 97,2% na área rural.
Há discrepância de renda entre usuários de telefonia e aqueles que não usam o serviço. Em 2021, o rendimento médio nos domicílios que não tinham nenhum tipo de telefone (R$ 700) representou 48,4% do rendimento nos que tinham telefone (R$ 1.445). Já nos domicílios em que havia telefone fixo convencional a renda média per capita foi de R$ 2.432, enquanto naqueles com celular esse rendimento foi de R$ 1.444.
A minoria dos consumidores de telefonia fixa estão, principalmente, nas regiões Norte e Nordeste do país. Veja:
'Fora da área de cobertura'
Ainda de acordo com a PNAD Contínua TIC, de 2016 para 2017, "observou-se forte aumento no número de domicílios em que foi informado que o serviço de rede móvel celular ali funcionava, para Internet ou para telefonia, o que ocorreu tanto em área urbana como em área rural. Entretanto, esse movimento arrefeceu, não havendo crescimento expressivo nos últimos anos".
O levantamento mostra que, de 2019 para 2021, o percentual de domicílios que estavam dentro da área de cobertura teve acréscimo de apenas 0,4 ponto percentual, ficando em 90,8%. Na área urbana, esse número foi de 93,7% para 94,0%; e de 69,1% para 69,5%, em área rural.