CEO da Vivo acredita em concessões mais “leves” ainda em 2016

Amos Genish também descartou qualquer iniciativa de fusão com a Sky no Brasil.

Amos Genish GVTO CEO da Telefônica Vivo, Amos Genish, disse acreditar que o governo aprovará regras mais “leves” para as concessões ainda neste ano. Segundo ele, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e Ministério das Comunicações demonstram sensibilidade a demandas do setor. O executivo falou nesta tarde a analistas, durante apresentação dos resultados anuais da operadora.

“Acredito que há uma determinação de todas as partes em ajustar o modelo de concessão ainda em 2016. A concessão deve ser cancelada e ir para autorizada, ou adotar um formato de concessões leves, como mostrou o conselheiro Freitas na última reunião da Anatel. Acho que a direção é clara no sentido de reduzir as obrigações sobre as concessionárias”, opinou.

Amos torce para que a revisão dos contratos de concessões, e do marco regulatório para o setor, resulte no fim da reversibilidade dos bens. Se o resultado final das mudanças forem esse, o valor dos bens reversíveis, R$ 7,6 bilhões, seriam incorporados ao balanço e teriam pouco impacto tributário. 

O executivo também falou brevemente sobre a competição no Brasil. E descartou movimentos de fusão envolvendo a Telefônica novamente, que segundo rumores poderia adquirir a operação local de TV paga da AT&T, a Sky. “Não estamos procurando fusões no momento. Não temos qualquer informação de que a Sky esteja a venda”, ressaltou.

Franquia na banda larga fixa
Amos falou, ainda, que a Telefônica Vivo colocará limites ao uso de dados na banda larga fixa neste ano e no próximo. A operadora já começou a firmar contratos com novos clientes no ADSL prevendo o limite, e estuda fazer o mesmo no FTTH. “Não precisamos falar com o regulador para colocar franquias na banda larga fixa. Apenas precisamos avisar os consumidores com certa antecedência e dar-lhes opções. Hoje, 20% dos usuários usam a maior parte da banda. Temos uma missão de rentabilizar nossa rede. Em 2014 e 2015 pusemos a franquia na telefonia móvel. Em 2016 e 2017 vamos fazer o mesmo na banda larga fixa para aumentar a receita”, resumiu.

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Rafael Bucco

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