CEO da Vivendi renuncia a cargo no conselho de administração do Grupo TIM

Em despedida, Arnaud De Puyfontaine salienta que acionistas, instituições e governo italiano precisam trabalhar juntos pelo futuro da operadora
CEO da Vivendi deixa conselho do Grupo TIM
Puyfontaine, CEO da Vivendi, não faz mais parte do conselho de administração do Grupo TIM (crédito: Freepik)

A TIM Italia, antiga Telecom Italia, anunciou, nesta segunda-feira, 16, que o diretor Arnaud De Puyfontaine deixou o posto de membro conselho de administração da companhia. A renúncia, encaminhada pelo próprio executivo, tem efeito imediato.

Em comunicado, o Grupo TIM, também proprietário da TIM Brasil, destacou que Puyfontaine, ao deixar o cargo, afirmou que todas as partes relevantes – acionistas da operadora, instituições e o atual governo italiano – precisam trabalhar de forma construtiva e transparente em benefício da companhia e dos investidores.

Puyfontaine é CEO da Vivendi, um conglomerado de mídia francês que, atualmente, é o maior acionista da operadora italiana. Apesar de o executivo deixar o Grupo TIM, a Vivendi deve continuar investindo na empresa.

Na nota de despedida, Puyfontaine indica que “considera apropriado dedicar seus esforços, como CEO da Vivendi, a restabelecer um caminho de crescimento para a TIM e fazer com que o valor real da companhia e de sua rede sejam devidamente reconhecidos”.

No mesmo comunicado, o presidente da TIM Italia, Salvatore Rossi, agradeceu a Puyfontaine pela contribuição para a companhia ao longo dos anos. O executivo não possui ações da operadora.

SITUAÇÃO DA EMPRESA

No terceiro trimestre do ano passado, o Grupo TIM teve prejuízo de 2,245 bilhões de euros. O relatório financeiro mais recente indica que as operações no Brasil, por outro lado, foram as principais responsáveis pela alta de 1,1% na receita.

Em novembro do ano passado, os fundos CDP Equity, KKR, Macquarie e a Open Fiber desistiram de criar uma rede óptica neutra na Itália com base em uma fusão com ativos de infraestrutura da TIM. O motivo da desistência foi o anúncio do governo italiano de criar um grupo de trabalho para avaliar o futuro da principal operadora de telecomunicações do país.

Atualmente, o Grupo TIM tem endividamento bruto de 32,67 bilhões de euros (aproximadamente R$ 176,45 bilhões).

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Da Redação

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