Cemig Telecom deve ser incorporada pela empresa-mãe e ativos vendidos
Por razões políticas, a Cemig, que nesta semana viu serem vendidas quatro de suas usinas hidrelétricas, teria desistido de vender a Cemig Telecom. O caminho escolhido pela empresa, segundo fontes próximas ao banco Bradesco, que estava encarregado da venda, foi incorporar seu braço de telecom para, posteriormente, vender os ativos.
A decisão ainda não foi comunicada ao mercado, mas funcionários da empresa de telecom e empresas interessadas em sua rede acreditam que este será o caminho. Com a incorporação, a Cemig evita confronto com o sindicato dos trabalhadores e o Palácio da Liberdade reduz o desgaste político com o debate sobre a privatização, que teria que ser autorizada pela Assembleia Legislativa do estado.
Embora a auditoria feita para a venda da empresa não tenha recomendado o seu fatiamento, é possível que, com a solução da incorporação e venda dos ativos, essa venda seja feita em dois lotes: a rede do estado de Minas Gerais e a rede fora de Minas Gerais, que envolve as regiões metropolitanas de Salvador, Recife, Fortaleza e Goiânia.
Se os ativos forem divididos em dois lotes, o número de interessados nas redes da Cemig Telecom pode crescer. A Algar Telecom, por exemplo, teria interesse nas redes fora de Minas Gerais, que também podem completar rede de alguns provedores regionais de maior porte. Já o que atrai a Telefônica e a TIM, que pode participar da disputa associada à Globnet, é mesmo o estado de Minas Gerais.