Carregador padrão de celular tem apoios e críticas em consulta
Com apoio de muitos brasileiros, a consulta pública que propôs a definição de um padrão único de carregador para celular, baseado na porta de tipo USB-C foi encerrada. A Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores) sugere que a Anatel alternativamente aceite a especificação de homologação internacional de entrega de potência para portas USB definida pela USB-IF que é a empresa fundadora e certificadora oficial de produtos USB.
A entidade pede também que seja incluído no texto que as especificações técnicas dos carregadores veiculares devem ser incluídas no manual do usuário do carro. O objetivo é deixar claro que, a aplicação das especificações se dá para os carregadores onde não há a opção da remoção do cabo com a fonte de energia.
Já o Instituto Livre Mercado pede a rejeição total do texto, alegando que ao impor a padronização de carregadores de celulares comercializados no Brasil no padrão “USB tipo C”, além de representar um retrocesso em termos de inovação e desenvolvimento tecnológico, a Anatel traz consequências danosas, como a criação de empecilhos de importação e o aumento de custos de produção, que poderão ser repassados ao consumidor brasileiro.
A entidade cita, como exemplo, o estabelecimento de padrão de plugues e tomadas para aparelhos e edificações no Brasil, que afeta a concorrência e a competitividade do país, dificultando a entrada de equipamentos elétricos importados e aumentando os custos de adaptação, “Observe-se ainda que um dos efeitos deletérios da imposição pretendida é a eventual fuga de fabricantes do mercado brasileiro, em especial os de menor porte, bem como a inibição do surgimento de novos empreendimentos no setor, deixando um mercado com histórico de alta concentração ainda mais restrito”, sustenta o instituto.
Para muitas pessoas que apresentaram manifestações na consulta pública, o carregador padrão favorece ao consumidor e ao meio ambiente, com a produção menor de lixo eletrônico.