Campinas ganha iniciativa de inovação aberta em 5G
O CPQD, ao lado da Prefeitura de Campinas, da Embrapa, da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da PUC Campinas e da TIM, inaugurou hoje, 8, a iniciativa Open 5G @ Campinas.
O movimento tem como proposta fazer da região de Campinas, no interior paulista, um polo de pesquisa e produção de tecnologias 5G, com o compartilhamento de informações entre instituições e laboratórios ao melhor estilo do conceito “open innovation” (inovação aberta).
Neste momento, apenas os integrantes mencionados acima participam, mas a intenção é atrair outras operadoras, fabricantes de equipamentos e desenvolvedores de software.
“A intenção é trazer novos atores com atuação não só em Campinas, mas no cenário nacional, que tenham interesse em desenvolver ou testar soluções e aplicações 5G em vários segmentos, como saúde, educação, agronegócio, cidades e indústria”, explica o presidente do CPQD, Sebastião Sahão Júnior.
Para isso, os parceiros do Open 5G @ Campinas irão colocar à disposição de outros interessados em aderir a esse movimento a infraestrutura de laboratórios e de rede já disponível, que vem sendo utilizada em projetos em andamento.
Por exemplo, o CPQD trabalha ao lado da RNP no desenvolvimento de Open RAN e aplicações para 5G com recursos do FUNTTEL (Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações) e do Ministério das Comunicações, e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Ao todo, recebeu R$ 36 milhões para esse desenvolvimento, que serão usados até 2025.
Incentivos fiscais em Campinas
A assinatura do documento do Manifesto pela Inovação Aberta com 5G aconteceu na Prefeitura Municipal de Campinas.
Também hoje, a cidade publicou no Diário Oficial o decreto 22.166/22, que regulamenta benefícios fiscais para a atração de novas empresas para a cidades – incluindo pequenas e médias que desenvolvam tecnologia.
O decreto abate o IPTU das novas empresas que se instalarem ali, inclusive data centers, desenvolvedores de software e afins, com benefícios que duram de seis a 20 anos.
A expectativa da prefeitura é de que nos próximos três anos, o decreto resulte em aportes de até R$ 4 bilhões na cidades em todas as áreas, não apenas tecnológica.
Segundo Leonardo Capdeville, vice-presidente de tecnologia da TIM, a operadora vai oferecer para os laboratórios e universidades de Campinas conectividade 5G para pesquisa e criação de aplicações. “As universidades vão nos dizer o que precisam em infraestrutura, e vamos então instalar ali a antena, que poderá ser 5G em 3,5 GHz, 2,3 GHz, ou mesmo em ondas milimétricas”, explicou ao Tele.Síntese, após a assinatura do acordo.
Unicamp e PUC-Campinas, como signatárias, vão utilizar as demandas da iniciativa para orientar o ensino tecnológico e incentivar os projetos de pesquisa.
A iniciativa Open 5G @Campinas terá como foco inicial P&D em Open RAN, fatiamento (slicing) de rede, orquestração e automação, Inteligência Artificial, core e edge computing, IoT, AR/VR, drones, automação e robótica.
Para divulgar a inciativa, foi criado este site.
*O jornalista viajou a Campinas a convite do CPQD