Cade dá aval para compra da Pollux pela Accenture Brasil
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deve aprovar, sem restrição, a compra da Pollux , empresa de automação e robótica, pela Accenture Brasil, que fornece consultoria em gestão, tecnologia e serviços de terceirização. A operação marca a entrada da empresa compradora no negócio de linhas de fabricação (discrete manufacturing) que, atualmente, não está no escopo dos serviços. O valor do negócio não foi revelado.
A Pollux é uma empresa de Joinville, que implementa linhas de montagem de alta tecnologia, com uso de soluções de processamento de imagens com Inteligência Artificial, soluções de IIOT (Internet das Coisas para Manufatura), robôs como serviço (RaaS) e robôs móveis autônomos (AMR) para o chão de fábrica e armazéns.
A operação consiste na aquisição, pela Accenture Brasil, da totalidade das ações representativas do capital social da Pollux, que são atualmente detidas por pessoas físicas. Depois de concretizado o negócio, a Pollux será parte da divisão Industry X da Accenture, focada em tecnologia para fábricas dos segmentos de bens de consumo, farmacêutico e automotivo.
De acordo com o parecer da Superintendência-Geral do Cade, a operação não acarreta qualquer sobreposição horizontal no mercado de soluções para a produção automatizada, uma vez que a Accenture não oferece serviços de automação, independentemente do critério utilizado para segmentar este mercado. Tampouco resultaria em integração vertical entre as atividades das empresas, na medida que o Grupo Accenture não fabrica qualquer componente ou oferece qualquer serviço que possa ser utilizado nas soluções automatizadas desenvolvidas pela Pollux.
“Sendo assim, entende-se que a operação representa uma mera substituição de agente econômico, não demandando, deste modo, uma análise mais aprofundada dos mercados envolvidos”, sustenta a SG. A recomendação é pela aprovação sem restrições.