Brisanet reverte prejuízo e lucra R$ 22 milhões no terceiro trimestre
A Brisanet teve lucro líquido de R$ 22 milhões no terceiro trimestre de 2022. O resultado reverteu o prejuízo de R$ 6,6 milhões registrado no terceiro trimestre de 2021, assim como a perda de R$ 1,3 milhão do segundo período deste ano.
A receita líquida da operadora cresceu 34%, passando de R$ 190 milhões, no terceiro trimestre de 2021, para R$ 254,2 milhões, no mesmo intervalo deste ano. Segundo a empresa, isso ocorreu em função do aumento do número de assinantes. Em setembro de 2021, a Brisanet tinha 790,7 mil clientes, número que subiu para 1,039 milhão no mesmo mês de 2022, registrando alta de 31%.
De julho a setembro deste ano, o EBTIDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 118,6 milhões, crescimento de 60% em relação ao registrado no mesmo intervalo de 2021 (R$ 74 milhões). Já a margem EBTIDA cresceu 7,7 pontos percentuais, subindo de 38,9% para 46,6% na comparação interanual.
De acordo com a operadora, a melhora da margem decorre da diluição dos custos fixos pelo crescimento da base e por iniciativas de redução de custos adotadas em abril deste ano. A opção pelo ritmo de expansão mais lento, uma vez que a instalação da estrutura operacional sobrecarrega os custos da empresa, também contribuiu para o aumento do indicador.
Ao final de setembro, a dívida líquida ficou em R$ 710,5 milhões, e a dívida bruta, em R$ 1,4 bilhão. “O aumento da dívida bruta se deu basicamente pela emissão de R$ 300 milhões em debêntures no mês de agosto. Esse recurso se destinará a investimentos no ano de 2023”, afirma a empresa.
O nível de endividamento da operadora, medido pela dívida líquida sobre o EBTIDA, foi de 2 vezes ao final do terceiro trimestre de 2022.
No relatório financeiro, a operadora nordestina informou que, de julho a setembro, adquiriu 63 mil clientes. Além disso, adicionou 348 mil casas passadas com fibra óptica no mesmo intervalo.
Na avaliação da empresa, o cenário econômico “permanece desafiador”, citando a inflação e o fato de que a melhoria do poder de compra das classes C, D e E, nas quais se encontram a maior parte dos seus consumidores, ainda não se concretizou.
Ainda assim, até o fim deste ano, a companhia espera contar com uma base de aproximadamente 1,1 milhão de clientes.