Brazil Tower busca reverter prejuízo atendendo teles com novas torres
A empresa de infraestrutura de telecomunicações Brazil Tower Company (BTC) registrou prejuízo líquido de R$ 6,2 milhões no segundo trimestre deste ano, de acordo com balanço financeiro divulgado na terça-feira, 13. Apesar do resultado negativo, as perdas são 45,1% inferiores às apuradas no mesmo período do ano passado, quando o prejuízo totalizou R$ 11,4 milhões.
No acumulado do primeiro semestre, o prejuízo líquido soma R$ 16,3 milhões. O rombo é 63,7% menor do que o da primeira metade de 2023.
A receita alcançou R$ 36,1 milhões no segundo trimestre, alta anual de 25,1%. Entre janeiro e junho, o faturamento chegou a R$ 70,5 milhões, avançando 25,3% na mesma base de comparação.
“Nos últimos três exercícios, as receitas têm variado principalmente em função do aumento por novas torres e no aumento de reajustes inflacionários”, diz a BTC, em trecho do balanço financeiro.
No segundo trimestre, o resultado antes das despesas financeiras líquidas e dos impostos somou R$ 21,5 milhões (+47,3%). No semestre, a cifra chegou a R$ 40,1 milhões (+46,5%).
As despesas financeiras, que somaram quase R$ 34 milhões entre abril e junho, comprometeram o resultado líquido do período.
Estratégia
A BTC indica que, para melhorar os resultados, incluindo o capital de giro, o planejamento estratégico envolve “otimizar as margens nas novas locações de torres, garantindo, assim, recursos suficientes na liquidação de compromissos assumidos”.
Além disso, a empresa planeja o parque de torres em todo o território nacional, levando em conta o atual cenário do setor: operadoras de telefonia móvel expandindo as redes, telefonia fixa usando micro-ondas para backhaul e a substituição da transmissão analógica pela digital pelos serviços de radiodifusão.
“Tendo como principais clientes as maiores operadoras de telefonia do país, a BTC fará a implantação de infraestruturas, para aumento de cobertura e atendimento às obrigações regulatórias que as operadoras têm como compromisso de suas autorizações”, destaca a companhia.
A BTC ainda aponta que busca oferecer o uso das infraestruturas existentes por outras operadoras. Para cumprir os planos de investimento, a empresa diz que, no curto prazo, deve captar recursos em equity e pode, eventualmente, aumentar o capital ou vender ativos.
A torreira, com sede em Nova Lima (MG), tem operações em mais de 500 municípios espalhados por todas as regiões do País. Atualmente, a BTC conta com mais de 1.500 infraestruturas de telecom (torres, rooftops, postes sustentáveis) em atividade.