Brasileiro assume presidência da Qualcomm

Cristiano Amon ocupará vaga deixada por Derek Aberle e será responsável pela estratégia mundial do grupo fabricante de chipsets para celulares.

Cristiano Amon, EVP, QTI and Co-President, QMC. Approved October 2012.

A Qualcomm nomeou o brasileiro Cristiano Amon seu novo presidente mundial. Ele substitui Derek Aberle, que avisou em agosto sua intenção de deixar o cargo até 31 de dezembro. Amon passa a ocupar a cadeira de presidente na próxima quinta-feira, 4. Apesar da nomeação, continuará a se reportar para Steve Mollenkopf, CEO do grupo.

Amon já era responsável pela subsidiária da Qualcomm de fabricação de chips (chamada QCT). Agora, passa a ditar também os rumos do grupo como um todo, que tem subsidiárias de licenciamento de tecnologia (QTL) e de investimento financeiro em novos negócios (QSI). No posto, será encarregado da estratégia mundial de crescimento e em apontar novas oportunidades.

O executivo está na Qualcomm desde 1995. Antes de entrar para companhia, trabalhou na operadora brasileira Vésper, passou ainda por NEC, Ericsson e Velocom. Ele é formado em engenharia elétrica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

No anúncio oficial sobre sua escolha, a Qualcomm rasga elogios ao executivo. Afirma que o brasileiro combina conhecimentos de engenharia e operacionais que o tornam ideal para a posição. Acrescenta que, a partir de 2008, Amon fez a unidade de chipsets crescer na China e em outros mercados emergentes, aproximou a marca do consumidor e garantiu o sucesso de longo prazo da fabricante.

O desafio será grande. A Qualcomm passou por reveses regulatórios em diferentes países nos últimos anos em razão de sua agressiva estratégia de expansão de mercado. A empresa foi multada ou fechou acordos com órgãos antitruste de diferentes países, como China e Coreia o Sul. Enfrenta, também, litígio nos Estados Unidos, e forte concorrência de fabricantes asiáticas. Terá, ainda, de definir como lidar com uma tentativa de aquisição hostil por parte da concorrente Broadcom. Esta propôs uma fusão em 2017 que, se concretizada, movimentaria até US$ 130 bilhões.

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Da Redação

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