Brasil é um dos poucos países onde os cyber criminosos são locais, diz parceiro da NEC
A NEC acaba de trazer para o Brasil a empresa israelense de defesa cibernética, a Cybereason, que se tornou referência global em defesa contra os ataques de ransomware, fileless, ou cryptojacking. Segundo o vice-presidente de Safety& Security da fabricante japonesa, Rogerio Reis, a expectativa é faturar no próximo ano US$ 10 milhões com a comercialização dessa tecnologia para as corporações brasileiras.
A diferença dessa tecnologia para a de outras empresas, explica, é que os sistemas da Cybereason realmente “encontram” o vírus responsável pelo ataque e o eliminam. A tecnologia, diz Lior Div, CEO da Cybereason, foi desenvolvida a partir de sua experiência vivida no exército israelense.
Segundo o executivo, os sistemas não apenas constroem as paredes e muros (firewalls) para proteger os clientes das invasões, mas faz uma proteção ativa, mesmo que os sistemas não estejam sob ataque. Os recursos de big data da Cybereason fazem a análise comportamental dos bilhões de dados processados diariamente por seus clientes.
E, conforme o executivo, o Brasil não sofre apenas ataques de cyber criminosos estrangeiros. Segundo ele, sua empresa já identificou sofisticados sistemas de cyber crimes formulados por brasileiros, para atacar empresas e sistemas também brasileiros. ” É muito raro e estranho, mas há aqui organizações criminosas que atacam dentro da própria fronteira. Geralmente o que vemos são cyber ataques em países diferentes de onde é gerado o ataque”, afirmou Div.
Assinalou que os ataques estão cada vez mais sofisticados, a ponto de atualmente os cyber criminosos interferirem na operação das empresas, sem que elas percebam o problema. Recentemente, a Cybereason divulgou um relatório no qual apontava que os cyber criminosos estavam controlando 10 operadoras de telecomunicações de todo o mundo. “Ele podiam fazer o que quisessem, mudar valor da tarifa, desconectar usuário, intervir nos sistemas das empresas”, afirmou.
Para Div, embora a tecnologia 5G tenha protocolos mais seguros contra os vírus cibernéticos, os riscos aumentam na mesma proporção em que aumentam as conexões.