Brasil é 3º país mais atacado por ransomware
O Brasil é o terceiro país no mundo que mais recebe ataques de RansomEXX, família de ransomware que ganhou notoriedade em 2020 ao ser usado em ataques contra grandes instituições e empresas públicas e privadas. De acordo com pesquisa da Trend Micro, empresa global de segurança, o país ficou logo atrás dos Estados Unidos e França, que ocupam, respectivamente, a primeira e segunda colocação no ranking, que tem ainda Taiwan e Alemanha entre os principais alvos.
Com base nas detecções da Smart Protection Network, ferramenta Trend Micro, os setores mais afetados pelo grupo são a indústria, com a maior parte das tentativas de ataque, educação, financeiro e tecnologia.
O RansomEXX costuma utilizar um malspam para se infiltrar nas máquinas, fornecendo várias ferramentas e malwares antes de finalmente implantarem o ransomware. Usam, por exemplo, IcedID TrickBot, Cobalt Strike e PyXie RAT, conhecidos por outras campanhas. A estratégia facilita a contaminação do sistema e a capacidade de roubar dados e obter informações da máquina alvo.
“Para evitar estes ataques, é fundamental que as organizações e empresas tenham uma solução de segurança que contenha recursos para estabelecer uma defesa sólida contra ransomware. Umas das formas de proteção efetiva é a adoção de uma plataforma com multicamadas, para detecção de comportamentos suspeitos, que ajude a bloquear processos e ferramentas duvidosos desde o início, antes que o ransomware possa causar danos irreversíveis ao sistema”, afirmou César Cândido, diretor geral da Trend Micro Brasil.
Atuando no modelo Ransomware-as-a-Service (RaaS), o malware ataca tanto máquinas controladas pelo sistema Windows como os baseados em Linux, possibilitando assim o comprometimento da infraestrutura. Entre as técnicas e táticas do grupo, estão o uso do nome da organização alvo no código binário, e do nome das vítimas tanto no endereço de e-mail usado para realizar a chantagem como na extensão dos arquivos criptografados.
O RansomEXX está vinculado ao grupo de cibercriminosos Gold Dupont, cuja motivação é financeira e tem em seu arsenal outros conhecidos malwares como Cobalt Strike, Metasploit e Vatet Loader. A combinação de técnicas baseadas em memória, ferramentas legítimas do Windows e pós-intrusão contribuem muito para o sucesso das invasões.
(Com assessoria)