Brasil deve acelerar o fim da 2G, defende Qualcomm

Francisco Soares afirmou que mais de 500 cidades brasileiras só têm acesso à tecnologia 2G e, para ele, isso precisa ser revertido.

Encontro-telesintese-52-brasilia-20-de-marco-de-2018-GJN_3980O Brasil ainda conta com mais de 500 cidades brasileiras que  têm apenas da oferta da tecnologia 2G, que não é capaz de acessar a internet, e com mais de 36 milhões de usuários que ainda usam o celular só para falar, pois também só tem a tecnologia de segunda geração. Para o diretor de Relações Governamentais da Qualcomm, Francisco Soares, esses números precisam ser revertidos. “Como podemos falar de 5G se ainda há tantas cidades brasileiras e tantos usuários  que não têm sequer o acesso à banda larga móvel?”, indagou o executive no Encontro Tele.Síntese.

Para mudar essa realidade, Soares sugere que sejam adotadas algumas medidas tributárias – como a desoneração dos smartphones a serem vendidos a essa população. ” Poderia ser um estímulo para as operadoras anteciparem as metas da 3G, que só serão concluídas em 2019″, assinalou.

Veículos Autônomos

Soares defendeu também a necessidade de a Anatel regular a ocupação da frequência de 5,9 GHZ – que é uma faixa não licenciada. Segundo ele, um pedaço dessa faixa – 10 MHz- já foi escolhido por diferentes fabricantes de automóveis e pela indústria de celular para receber a tecnologia dos carros autônomos. Hoje essa faixa é ocupada pelos serviços de WiFi e de satélite no país.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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